Apesar de os clubes de futebol da primeira divisão mineira já estarem retomando suas atividades de treinamento em ambiente controlado, com testes epidemiológicos frequentes e sistemáticos, ainda não há prazo definido para a retomada do campeonato mineiro, interrompido por causa da pandemia de Covid-19. O assunto foi discutido em reunião de Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) na tarde desta quarta-feira (3/6/20).
A reunião foi solicitada pelo presidente da Comissão de Esporte, Lazer e Juventude da ALMG, deputado Zé Guilherme (PP). O deputado disse que o retorno das competições é hoje defendido pela maioria dos atletas e que os clubes vêm se preparando mais para o retorno do que outras atividades econômicas. Mas ele admitiu que não é possível uma retomada imediata.
“É lógico que, em um primeiro momento, (a retomada das competições) será de portões fechados. Não podemos tomar nenhuma atitude precipitada”, afirmou. O deputado disse acreditar que o retorno das categorias de base e do futebol amador deverá ser mais demorado que no caso dos clubes maiores.
Campeonato mineiro – Respondendo ao deputado Zé Guilherme, o presidente da Federação Mineira de Futebol (FMF), Adriano Aro, disse que é possível concluir o campeonato mineiro em três semanas, uma vez que faltam apenas seis rodadas. No entanto, não há prazo para que isso aconteça. Ele avaliou que isso pode ocorrer só após atingirmos o pico da pandemia em Minas, que ele espera que ocorra “em um futuro próximo”, declarou.
Adriano Aro disse desejar que o futebol retorne o mais rápido possível. “Mas é necessária prudência para oferecer segurança a todos os envolvidos: atletas, árbitros, dirigentes, imprensa, comissão técnica e outros profissionais”, ressalvou. O dirigente lembrou que a FMF foi a primeira entidade a determinar jogos com portões fechados e a primeira a suspender os jogos do Campeonato Mineiro.
Os deputados Fábio Avelar de Oliveira (Avante) e Alencar da Silveira Jr. (PDT) defenderam o retorno das atividades do futebol amador e mesmo das escolinhas de futebol. Adriano Aro afirmou, no entanto, que nem mesmo as categorias de base têm recursos para garantir um mínimo de controle e checagem dos participantes. “Temos que trabalhar com a realidade”, afirmou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário