Poços de Caldas, MG – A jogadora Nikoli Servoni Monteiro, Nik, atleta da Seleção Brasileira Feminina de cricket , recebeu uma homenagem simbólica ao completar 50 jogos oficiais pela equipe nacional. A marca histórica foi reconhecida em cerimônia acompanhada por companheiras de equipe..
Um marco de dedicação
Para Matt Featherstone, a conquista de Nik é mais do que um número: representa transformação de vida e dedicação ao esporte.
“É muito importante. Representar 50 vezes+ a Seleção mostra muita coisa dentro de cada jogador. Para isso, é preciso se dedicar e mudar o estilo de vida. A Nikoli mudou completamente, saiu do Rio de Janeiro para morar em Poços de Caldas justamente para alcançar essa meta. É uma marca simbólica, que reconhece sua entrega e aponta para a próxima etapa: quem sabe chegar aos 100 jogos.”
Projeções para o futuro
Featherstone destacou que a Seleção vive um momento decisivo. Em reunião com o presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), foram tratados compromissos como os Jogos Sul-Americanos, os Jogos Pan-Americanos e os Bavarian Games.
“Era nosso sonho ter uma agenda tão cheia, agora é realidade. Precisamos equilibrar os treinos da Seleção com tantas viagens. Mas isso só fortalece o críquete brasileiro. A base segue sendo a prioridade, porque são os projetos comunitários que alimentam a Seleção e garantem melhores resultados.”
Nik: uma trajetória de superação
Vinda do Rio de Janeiro e com dupla nacionalidade (Brasil e África do Sul), Nikoli Servoni Monteiro conheceu o cricket em 2018, quando começou a treinar incentivada pela comunidade de jogadores indianos. Desde então, não parou mais.
“Nunca imaginei jogar críquete na vida. Mas logo recebi um convite e tudo começou em 2018. Passei pela pandemia, continuei jogando e no ano passado decidi mudar minha vida. Quando o críquete entrou no programa olímpico, percebi que precisava sair da minha zona de conforto. Vim para Poços de Caldas, estou morando aqui e quero seguir representando o Brasil por muitos anos.”
Sobre a adaptação, a atleta reconhece que não foi fácil no início: “Saí do Rio, uma cidade grande, e vim para Poços. No começo estranhei muito o frio, mas hoje estou adaptada e feliz em morar aqui.”
Mudanças na Confederação
Featherstone comentou ainda os bastidores recentes da Confederação Brasileira de Críquete (Cricket Brasil), que agora é presidida por Roberta Avery, tendo Alexandre Felippe como vice.
“Essa transição era esperada, talvez um pouco adiantada, mas muito positiva. É uma conquista para o país ver brasileiros assumindo a liderança da Confederação. O futuro do críquete está nas mãos de quem nasceu e cresceu aqui. O único estrangeiro que teremos por enquanto será o Head Coach, mas nossa meta é formar treinadores brasileiros também.”
Ranking mundial e viagem à Inglaterra
A Seleção Feminina embarca para Londres, onde ficará por dez dias. No período, enfrentará as seleções de Jersey e do Isle of Man, ambas integrantes do ranking mundial.
O Brasil ocupa atualmente a 32ª colocação, mas a expectativa é subir posições.
“Nosso objetivo é vencer os cinco jogos, o que nos ajudaria a entrar entre os 30 melhores do mundo. É uma grande oportunidade. Além disso, hoje a camisa da Seleção Brasileira já está no Museu de Londres, ao lado das de Inglaterra, Índia e Austrália. Isso mostra o crescimento do nome do Brasil no cenário internacional.”
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