sexta-feira, 24 de outubro de 2025

Rovilson Ribeiro projeta novo ciclo para a Caldense com modernização, investidores e foco na base

Poços de Caldas, MG - Em ntrevista concedida ao Jornal Mantiqueira, o presidente da Associação Atlética Caldense, Rovilson Jesus Ribeiro, fez um balanço completo sobre o ano do centenário da instituição, os desafios e as perspectivas do clube. O dirigente falou sobre a trajetória vitoriosa da Veterana, as comemorações dos 100 anos, o futebol profissional, o projeto de formação de base, a saúde financeira do clube, a modernização do estatuto e os planos para o futuro.


Um centenário de  conquistas e  trabalho coletivo

“É uma marca muito importante, 100 anos. Um clube construído com um trabalho muito grande de todas as administrações que passaram, cada uma tendo as suas dificuldades. Muitas pessoas trabalharam para essa grande evolução que a Caldense teve”, iniciou o presidente.

Ele destacou que cada diretoria, conselheiro e colaborador foram fundamentais na construção da história da instituição.

“A gente tem que enaltecer tudo isso, porque foi com esse trabalho que chegamos a um centenário brilhante. Aos nossos colaboradores também, o reconhecimento é total”, afirmou.

O dirigente explicou que o ano de 2025 tem sido especial, com diversas comemorações e novidades para os associados.

“No dia do centenário, 7 de setembro, optamos por realizar uma festa no Parque Aquático ao invés de um baile tradicional. Foi um evento marcante, com música, famílias e crianças. Mas teremos o baile do centenário agora em novembro.”

Novas estruturas  e esportes em alta

Além da programação festiva, Rovilson ressaltou que o clube vive um momento de crescimento. “Os esportes especializados estão a todo vapor, disputando campeonatos em várias faixas etárias. Tivemos também a inauguração do Bar Club 100, que foi uma conquista muito importante, agregando ao patrimônio e à parte social do clube. Está sendo um ano produtivo.”

Apesar dos avanços, o dirigente lamenta que o futebol profissional não tenha conseguido retornar ao Módulo I do Campeonato Mineiro. “Fizemos um trabalho com muita confiança, trouxemos o gerente de futebol Alex Joaquim, montamos um time com critério, mas passamos um aperto danado no campeonato. No futebol profissional estamos em falta com o torcedor, mas já estamos trabalhando para 2026.”


Futebol profissional e o desafio da estrutura

Sobre o futuro da equipe principal, Rovilson explicou que o calendário de 2026 ainda depende de definições da Federação Mineira de Futebol por conta da Copa do Mundo. “Estamos aguardando a definição das datas, mas vamos trabalhar para voltar ao Módulo I”, afirmou.

Ele reforçou que o cargo de presidente no ano do centenário do clube é motivo de orgulho, mas não de vaidade. “Divido esse prêmio com todos os colaboradores, diretores e conselheiros. Sozinho, ninguém faz nada. É um trabalho coletivo, voluntário, que nos motiva.”

O presidente também abordou a situação do Estádio Municipal Ronaldão, destacando que o espaço precisa de reformas profundas. “O Ronaldão está obsoleto para a prática do futebol. Entendemos a dificuldade econômica, mas é preciso pensar em parceria público-privada para reformar ou construir um novo estádio. Pode ser um espaço multifuncional, com pista de atletismo e outras modalidades. É uma necessidade real.”

Escolinhas e o trabalho de base

Rovilson relembrou a importância das escolinhas de futebol da Caldense e explicou as mudanças nos últimos anos. “As escolinhas foram reativadas porque vimos a necessidade de formar novos talentos. No passado, tínhamos as escolinhas no Cristiano Osório, depois no Ronaldão, mas com o tempo o espaço passou a ser usado para outras finalidades. Então buscamos alternativas e firmamos uma parceria com a Prefeitura no Santa Rosália.”

Segundo ele, a parceria funcionou bem por um período, mas foi encerrada recentemente por motivos econômicos.

“A Prefeitura apresentou novas necessidades que ficariam difíceis para a Caldense cumprir. Não houve ruptura, apenas inviabilidade financeira. Agora estamos procurando outro campo para retomar as escolinhas. É importante frisar que a base exige estrutura e investimento semelhantes ao futebol profissional, e o clube precisa de equilíbrio financeiro para isso.”


Equilíbrio financeiro e modernização

Questionado sobre a situação financeira do clube, Rovilson foi enfático: “A Caldense não tem dívida. Temos compromissos normais, como qualquer empresa, mas todos os salários, fornecedores e recolhimentos estão em dia. A academia está com grande movimento, e seguimos investindo para melhorar equipamentos e atender os associados.”


Sobre o Estatuto Social, o presidente anunciou uma atualização

“O estatuto foi bem feito e atualizado por pessoas capacitadas, mas o tempo passa e é preciso modernizar. Criamos uma equipe de estudo para receber sugestões e propor as mudanças necessárias. É ele quem rege toda a sequência administrativa do clube.”


Saúde, futuro e gratidão

Rovilson enfrentou um problema de saúde no final de agosto, às vésperas do centenário, mas se recuperou totalmente. “Graças a Deus, está tudo bem. Fiz todos os exames e voltei às atividades. Estou tranquilo.” Quanto ao futuro da presidência, ele disse que a decisão sobre uma nova candidatura será coletiva. “Tenho ao meu lado o Luiz Fernando e o Piolli, pessoas que me apoiam e conhecem o clube profundamente. Ainda é cedo, a eleição será só no próximo ano. Vamos conversar com o Conselho e decidir com consenso.”


Planos e estrutura

Por fim, o presidente ressaltou o trabalho intenso e os planos de expansão da infraestrutura.

“Aqui o trabalho é diário. Nossa equipe de manutenção é excelente. Fizemos o Bar Club 100 e temos uma área de 800 metros que queremos aproveitar. Também sonhamos com a construção de um novo salão de festas para eventos e shows. É uma obra grande, mas necessária, que precisa de planejamento financeiro.”

Nenhum comentário: