terça-feira, 13 de dezembro de 2022

“Confio na prefeitura e que vamos jogar em casa”, diz presidente da Caldense

Poços de Caldas, MG – O presidente da Associação Atlética, Rovilson Jesus Ribeiro, se manifestou pela primeira vez sobre a polêmica envolvendo o gramado do estádio municipal Dr. Ronaldo Junqueira. A Federação Mineira de Futebol (FMF) esperava que o gramado fosse trocado como prometeu o prefeito Sérgio Azevedo, porém, como isso não vai mais acontecer, está ameaçando tirar os jogos com mando da Caldense no Campeonato Mineiro de Poços de Caldas. A fala de Leonardo Barbosa, diretor de competições da FMF, causou muita preocupação já que ele foi categórico ao dizer que o estádio corre grande risco de ser vetado. Esta semana um engenheiro agrônomo estará em Poços avaliando o gramado. Será dele a posição mais importante que vai dizer para a FMF se o estádio tem ou não condições de jogo.

Confiança

“Confio plenamente que a prefeitura sabe o que está fazendo. O prefeito prometeu a troca, acabou dependendo de uma licitação que fracassou, mas vem garantindo que o gramado antigo tem recuperação e está em boas condições. A gente acredita no que ele está falando e confiamos que este gramado seja aprovado pela Federação para nós mandarmos nossos jogos em Poços de Caldas”, disse Rovilson. O primeiro jogo da Caldense em casa pelo Campeonato Mineiro de 2023 acontece dia 28 ou 29 de janeiro e será contra o Democrata de Governador Valadares. A reportagem questionou o presidente se ele já definiu um local para a Caldense jogar caso o estádio de Poços seja vetado. Ribeiro disse que já existiram conversas sobre isso, mas voltou a comentar que confia que jogará em Poços. Se tiver que sair, outro fator prejudicará ainda mais o clube. O custo seria altíssimo e isso certamente prejudicaria até mesmo o planejamento para outros jogos da temporada. Além do Campeonato Mineiro, a Caldense vai jogar a Copa do Brasil e, possivelmente, o Campeonato Brasileiro da Série D.

“Jogar o Campeonato Mineiro em Poços como sempre fizemos, é importante para Poços de Caldas, já que a cidade é muito bem representada pela Caldense e também para os nossos torcedores que se tiverem que se deslocar para outra cidade encontrarão muitas dificuldades. Tem ainda a questão do aspecto econômico”, destaca Rovilson. Ele calcula, por cima, um custo operacional para jogar fora de Poços na casa dos R $100 mil por jogo. “Estamos realmente confiando na recuperação do gramado, que é plano B da prefeitura e foi o que restou em função de não ter dado certo os planos anteriores”, disse o presidente. Rovilson conta que ouviu da boca do prefeito Sérgio e do secretário de Esportes Pelezinho que o trabalho de recuperação está caminhando muito bem e que o mesmo se encontra até melhor do que estava antes dos shows que marcaram o aniversário de Poços de Caldas. “Estamos aguardando a volta do pessoal da Federação Mineira, que vai dar um parecer e nos nortear sobre o que vai acontecer futuramente”, disse Ribeiro.

Tristeza

Sobre a possibilidade de a Federação Mineira vetar o estádio, Ribeiro lamenta a situação e diz ver com muita tristeza se isso realmente for consolidado. “Estamos preparando o time para a temporada desde o início de novembro, começamos na frente de todos os outros concorrentes, um trabalho sério com tudo caminhando muito bem feito pela comissão técnica com o grupo de jogadores, já fizemos jogos amistosos, enfim, estamos trabalhando para fazer um bom campeonato e claro que esta situação nos deixa muito apreensivos porque jamais contamos com a hipótese de não mandar os jogos em Poços de Caldas, seria muito desagradável para toda a cidade, pela grandeza da Caldense, o que este clube quase centenário representa para o Estado de Minas, tem uma tradição muito forte e a gente vai pedir a Deus que dê tudo certo, que este gramado seja recuperado, a Federação aprove e a gente consiga jogar aqui”, disse o presidente.

Apoio

Ribeiro voltou a dizer que o apoio que a Caldense encontra é muito pequeno em relação aos custos que precisa para manter seu futebol. “É muito dinheiro para se montar um time do interior para disputar um Campeonato Mineiro de elite, visto que os recursos são pequenos. Enfrentamos agremiações fortes, como Atlético, Cruzeiro, times fortes, enfim, um campeonato forte, e não jogar em casa é um prejuízo muito grande. A gente perde a força de jogar em Poços, o que nos garante resultados melhores, enfim, vamos torcer para dar tudo certo”, disse Rovilson.

O time

A reportagem perguntou para o presidente da Caldense se toda esta polêmica está atrapalhando a preparação do time, que treina no Ninho dos Periquitos com o técnico Gian Rodrigues. Ele destacou que a prioridade é deixar o elenco e comissão de fora dessas discussões, mesmo assim a ansiedade é grande. “Damos todo o suporte e esperamos sempre o resultado positivo do gramado. As notícias correm, mas estamos tentando deixar todos tranquilos. Tenho confiança no trabalho do Gian, que, junto com a comissão técnica, está focado na preparação do time. Volto a dizer que estou confiante na palavra do prefeito de que este gramado será recuperado. É isso que realmente a gente está esperando”, finalizou Ribeiro. 

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