Poços de Caldas, MG - O grupo Asmarias nasceu pelo olhar de Mulher para Mulher, em março de 2018, com nove participantes. O projeto é de autoria de Luciana Marinoni, que também é uma das “Marias” do grupo, atualmente com cerca de 500 integrantes. “Começamos com oito Marias que sonharam muito para que este sonho se tornasse a realidade que se tornou. Crescemos bastante e esperamos continuar crescendo, para que mais vidas sejam tocadas e transformadas”, conta ela.
O grupo é bem eclético com Marias de todas as faixas etárias, desde adolescentes a um grande número de mulheres maduras. Elas se encontraram no grupo e ali vislumbram a oportunidade de se descobrirem, se realizarem e se superarem.
O bom senso é sempre levado em conta em relação às limitações de cada integrante. Segundo Luciana, cada Maria tem grande importância para toda a equipe. “Asmarias é um grupo de atividade física, convívio, motivação e terapia. Um tempo que todas precisam para si. Juntas, fica mais fácil enfrentar os desafios do dia a dia de ser mulher”, pontua.
Luciana conta que o intuito do grupo é motivar umas às outras, apoiar e ter companhia para atividade física. Nunca a segregação ou exclusão.
“Somos todas iguais, mesmo sendo tão diferentes. Eu digo que Asmarias é lugar de gente feliz! Estar com Asmarias é um aprendizado diário, gratificante. São exemplos para mim, aprendo todos os dias com elas e nelas me inspiro. Cada uma com seu testemunho de vida e transformação. É mágico”, fala. Para a idealizadora do grupo, Asmaria é uma força impulsionadora.
“Ao mesmo tempo me sinto responsável, por elas não posso desistir, nem me abater diante dos desafios e obstáculos, pois elas depositam em mim suas expectativas. Acredito na atitude que “transforma”. Todos juntos por uma vida melhor”, finaliza Luciana.
Outros projetos
Luciana Marinoni está sempre envolvida com projetos em diversas áreas, sempre focada em ajudar a mulher poços-caldense. Ela conta que começou na área de eventos esportivos em 2014, associando-os sempre à cultura, ao turismo e à parte social, contribuindo com várias entidades filantrópicas. “Sentimos que podemos utilizar o esporte para ajudar a construir um futuro melhor para nossa cidade e todos que aqui vivem”.
Dentre os projetos encabeçados por Luciana está a Corrida da Mulher, que chegou a reunir 880 mulheres. “A ideia se transformou em uma intenção e colocada em prática. Em março de 2014, iniciamos com a Corrida da Mulher. A iniciativa privada e o poder público deram total apoio ao projeto, que reuniu cerca de 300 atletas da cidade e de vários Estados do Brasil, somente mulheres, por ser uma data comemorativa ao seu dia”, lembra. O evento arrecadou alimentos para a Avooc. Depois vieram o Palmeiral Off Road em prol do Abrigo Antônio Frederico Ozanan, parcerias com a AACD, Apae e Avocc e diversos projetos realizados com as entidades de Poços de Caldas. Luciana foi idealizadora ainda de eventos como a I Corrida Infantil de Poços de Caldas, Kids’Running Christmas, que arrecadou mais de 300 brinquedos que foram doados a várias entidades. O evento reuniu cerca de 700 crianças, sendo 5 de projetos sociais.
Mulheres Notáveis
Fora do esporte veio o reconhecimento por mulheres da sociedade de Poços de Caldas com a criação da exposição Mulheres Notáveis, em parceria com o Shopping Poços de Caldas, uma homenagem que a Corrida da Mulher faz a todas as mulheres da sociedade poços-caldense. “Mulheres que contribuíram para a sociedade em que vivemos hoje. Celebradas por sua coragem, visão, hospitalidade e dons espirituais”.
História de
voluntariado
“Filhos: aprendem com os exemplos dos Pais. Pais: Espelho Para os Seus Filhos. Cresci vendo meus pais e avós ajudando pessoas, praticando solidariedade no seu dia a dia. Isso era o natural dentro da minha casa, se importar com o próximo e ajuda-lo. Sempre que vi ou soube de uma situação de necessidade, gerava em mim uma compaixão e desejo enorme em ajudar. Por muitas vezes ajudei e ajudo particularmente muitas pessoas.
Minha avó por mais de 30 anos foi voluntária no Dispensário Ambrosia Cortes, na Igreja Metodista, costurando, onde atendiam mães e recém-nascidos carentes, fornecendo todo enxoval. Minha primeira experiência de trabalho como voluntaria foi no Centro Infantil Boldrini em Campinas em 1988. Durante alguns anos estive ali servindo e aprendendo a importância do voluntariado. Uma experiência que marcou minha vida e fez toda diferença”, conta Marinino.
Sua primeira experiência de voluntariado aconteceu em 1992 em Portugal. “Estive em uma instituição filantrópica servindo a famílias necessitadas, refugiados de guerra, ciganos e imigrantes africanos, distribuindo alimentos e roupas que vinham da União Europeia em containers como ajuda comunitária. De volta ao Brasil, em 2009 foi convidada para integrar como voluntaria, o grupo de profissionais no projeto Casa da Criança – Galpão das Artes, na revitalização de ambientes da instituição. O espaço assinado por mim foi a brinquedoteca”, contou ela que nunca mais mais deixou de prestar serviços volutários. Ela faz parte da diretoria do Círculo Ítalo Brasileiro do Sul de Minas como voluntaria, no resgate e preservação da cultura italiana na região.
Nenhum comentário:
Postar um comentário