sábado, 20 de março de 2021

Torcedor do Vasco corre em volta do estádio durante todo o jogo contra a Caldense

Poços de Caldas, MG - Lucas Francisco de Oliveira é morador de Poços de Caldas e tem duas paixões. Correr e o Vasco da Gama. Aos 41 anos ele teve a oportunidade de ver seu time jogar em Poços de Caldas pela primeira vez. Como o acesso ao estádio de torcedores não é permitida por conta da pandemia, Lucas achou uma maneira diferente de participar desta história. Ele correu durante todo o tempo da partida em volta do estádio Ronaldão. Sua saga começou quando o árbitro apitou o início da partida e só teve fim quando, aos 50 minutos do segundo tempo, o jogo terminou e, para sua alegria, com o Vasco classificado depois de um empate em 1x1 com a Caldense. “Sempre gostei de atividade física, jogo futebol em campos de roça, e pratico corrida há cerca de 4 anos aproximadamente. Sou vascaíno desde que me entendo por gente, já vivi momentos gloriosos de títulos e também momentos de sofrimento como os mais recentes rebaixamentos. Mas o amor pelo clube e pela história mais linda do futebol nunca se abalou”, contou Lucas. “Me propus esse desafio, já que não poderia entrar no estádio para assistir ao jogo”, completou.

Lucas chegou ao estádio cinco minutos antes do início da partida e quando ouviu o apito do juiz, do lado de fora começou a correr. A aventura foi feita sozinho e de máscara. A ideia era correr algo em torno de 21 km durante toda a duração da partida, porém, ao final da minimaratona foram quase 24 km, também por causa dos acréscimos de 6 minutos. “Só parei de correr ao ouvir o apito final e com o alívio da classificação”, comemorou Lucas. O atleta torcedor vascaíno deu 35 voltas em torno do estádio num tempo de 1 hora e 56 minutos de corrida contínua.

“Enquanto corria ouvia o que acontecia dentro do campo, reações, gritos, apitos, e tentando acompanhar o resultado com o celular na mão”, disse Lucas.

Ele contou que alguns torcedores e os motoristas do ônibus do Vasco, que estavam no entorno, o viram correndo e deram apoio. “Teve alguns que me zoavam também e começaram a me chamar de o cara da promessa”, lembrou ele.

“A classificação foi no sufoco e o desafio também, mas valeu muito a pena. Oportunidade única ver o time do coração em nossa cidade, a pena é o momento que estamos vivendo e não pudemos estar na arquibancada torcendo”, disse Lucas, que tentou contato com alguns jogadores do time carioca no final da partida, mas devido aos protocolos de segurança mais restritos não conseguiu. “Queria muito pedir uma lembrança de algum jogador, principalmente o capitão Leandro Castán, que é um zagueiro que admiro muito pelo estilo e seriedade”, disse Lucas, feliz com a classificação do seu time. Ele acredita que tempos melhores virão em breve e o Vasco vai superar as crises.

“A experiência foi muito legal de ter o time do coração jogando em minha cidade natal”, finalizou ele, que espera que a história chegue aos jogadores, comissão técnica e staff do Vasco para mostrar todo sacrifício e loucura que a torcida faz pelo time do coração.

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