Poços de Caldas, MG - Depois de algum tempo de impasse, a Rede Globo se manifestou em relação à transmissão do Campeonato Mineiro de 2022. A emissora quer pagar até R$ 19,5 milhões para mostrar os jogos na TV aberta, paga e pay-per-view. O desconto pedido é de 50%, já que até ano passado a emissora pagava 41,6 milhões.
Nenhum acordo foi fechado até o momento e as negociações com a Federação Mineira seguem. A Globo é a emissora que tem preferência, porém, se o acordo for fechado, os times do interior, caso da Caldense, serão os maiores prejudicados com a queda de direitos de transmissão.
Para o presidente da Caldense Rovilson Ribeiro, o clube certamente terá prejuízo no campeonato do ano que vem. “Claro que a gente sabe que se vier algum valor ele será bem inferior ao que vínhamos recebendo antes, mas seria alguma coisa. O problema é que até agora nada foi definido e com isso estamos bem preocupados com a situação”, falou Rovilson.
Copa Sul-Minas
Outra possibilidade em discussão é a volta da Copa Sul-Minas, cujos jogos aconteceriam durante as disputas dos Campeonatos Estaduais. A competição contaria apenas com os times grandes dos dois Estados. Seriam quatro times de Minas e quatro do Rio Grande do Sul. A Caldense teria direito a uma das vagas de Minas, mas não se sabe se o clube vai se valer deste direito ou não. A competição não acontece desde 2001.
Lei do Mandante
Jair Bolsonaro sancionou em 15 de setembro a Lei nº 14.205, conhecida como Lei do Mandante, que altera a Lei nº 9.615, de 24 de março de 1998. Segundo a nova legislação, os clubes de futebol têm o direito de negociar a transmissão e a reprodução de seus próprios jogos quando forem os mandantes do espetáculo. A nova norma foi publicada na edição de 20 de setembro do Diário Oficial da União.
A partir de agora, a emissora de TV interessada em exibir uma partida de futebol precisará negociar apenas com um time, no caso o mandante (a equipe que joga em casa). Além disso, o próprio clube vai poder transmitir o evento, abrindo uma nova possibilidade de obtenção de recursos para as equipes de futebol. Quando não houver definição do mando de jogo, o chamado direito de arena dependerá da concordância dos dois clubes.
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