Paulo Vitor de Campos
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Poços de Caldas, MG - O coronavírus está mudando a rotina do mundo e o esporte, de modo geral, não ficou ileso. A Caldense, que vem fazendo um grande Campeonato Mineiro e vem brigando diretamente por uma vaga na semifinal da competição, também foi atingida diretamente e terá que esperar os acontecimentos para saber o futuro. Não se sabe quando o campeonato deve voltar e com isso o futuro da equipe fica complemente indefinido. O Mantiqueira conversou ontem com o presidente Rovilson Jesus Ribeiro sobre a situação.
Mantiqueira - O senhor comanda um dos maiores clubes do interior de Minas Gerais, com um grande número de pessoas circulando em suas dependências diariamente. Que medidas foram tomadas para que o coronavírus não se espalhe entre os associados da Caldense?
Rovilson Jesus Ribeiro - Estamos tomando várias medidas preventivas. Esta semana não vamos realizar dois grandes eventos do clube, que são a Quinta Musical e a Sexta Dançante. São eventos de grande sucesso que trazem um grande público para a Caldense, mas como é realizado em ambiente fechado resolvemos pelo cancelamento, pelos menos nesta semana.
Mantiqueira - Algumas outras medidas no clube?
Rovilson Ribeiro - Desativamos todos os bebedouros e colocamos um profissional na academia para cuidar da higienização de todos os equipamentos. As aulas de esportes de contato como as modalidades de lutas também estão suspensas até que esta situação melhore.
Mantiqueira - No futebol profissional a Caldense, apesar de perder neste final de semana, está muito perto de se classificar para as finais. O quanto o cancelamento dos jogos por tempo indeterminado pode afetar o time de Poços de Caldas?
Rovilson Ribeiro - É uma situação que ainda estamos analisando. Claro que uma parada muito grande vai implicar em diversos fatores. Os clubes do interior lidam com um orçamento limitado e as datas são importantes. No caso de uma paralisação por tempo indeterminado ficamos assustados com o que pode acontecer. Mas não dá para fazer nada a não ser rezar para que esta pandemia mundial logo seja controlada e a vida de todos volte ao normal. Temos contratos com jogadores e comissão técnica que vencem assim que a participação da Caldense no campeonato terminar. No momento não sabemos como esta situação vai ficar.
Mantiqueira - O que a Federação Mineira de Futebol conversou com os clubes sobre esta situação?
Rovilson Ribeiro - O Daniel Las Casas, diretor de competições da entidade, disse acreditar que na próxima semana deve ter uma posição mais concreta sobre a situação. Acreditamos que ele nos dará uma data de quando o campeonato pode voltar. Vamos aguardar até lá para saber o que fazer.
Mantiqueira - E neste clima de indecisão como fica a situação do time? Os trabalhos no Ninho dos Periquitos seguem da mesma forma?
Rovilson Jesus - Estamos analisando e não descarto até mesmo que o elenco seja dispensado dos treinos. Mas isto ainda está sendo analisado. Não temos porque trabalhar normalmente se nem sabemos quando o campeonato volta. Teríamos um jogo-treino nos próximos dias, mas ele também foi cancelado.
Mantiqueira - Voltando a falar da parte esportiva. A Caldense pode se classificar para a semifinal e se o adversário for um time da capital o Ronaldão não poderá sediar a partida. A diretoria já sabe onde seria possível este jogo?
Rovilson Jesus - Se nos classificarmos e o jogo for contra o Tombense será em Poços. Vamos arcar com os custos do VAR e fazer o jogo diante de nossa torcida. Agora, se a partida foi contra qualquer time de Belo Horizonte vamos ter que buscar locais. Varginha e Pouso Alegre seriam as opções. Até mesmo jogar em Belo Horizonte não está fora de cogitação, desde que o regulamento permita.
NOTA DA REDAÇÃO - Na tarde de ontem a assessoria de comunicação do clube divulgou uma nota afirmando que o elenco se reapresenta hoje às 15h30 e deve treinar normalmente.
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