quinta-feira, 22 de julho de 2021

Fisioterapeuta graduado na PUC Minas Poços de Caldas atua nas Olimpíadas 2020

Após adiamento ocasionado pela pandemia de Covid-19, os Jogos Olímpicos Tóquio 2020 finalmente têm início. A cerimônia oficial de abertura ocorre nesta sexta-feira, 23 de março, mas as competições já começaram — revelando não só o talento dos atletas, mas também dos profissionais de inúmeras especialidades que contribuem para extrair o melhor rendimento a cada largada. Um exemplo é o fisioterapeuta Tiago Testa, graduado na PUC Minas Poços de Caldas, que acompanha a Seleção Brasileira de Natação. 

Aos 36 anos, o profissional vê este momento como a realização de um sonho. “Somos privilegiados porque, de certa forma, entramos para a história. É uma Olimpíada ímpar”, avalia, referindo-se aos desafios de realizar um evento de tal magnitude em meio a uma crise sanitária mundial. Mesmo repleta de protocolos de segurança, a rotina intensa na Vila Olímpica não abala a satisfação em estar lá, com uma sensação que ele descreve como a melhor possível. 

Natural de Guaratinguetá, no interior paulista, Tiago ingressou no Curso de Fisioterapia da PUC Minas Poços de Caldas em 2003. Em 2009, após concluir a graduação, mudou-se para São Paulo para fazer uma especialização em Aparelho Locomotor no Esporte pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Atuou profissionalmente em projetos da área e, em 2013, começou a trabalhar no Esporte Clube Pinheiros, o maior clube poliesportivo da América Latina. 

Esta oportunidade abriu caminhos que conduziram o fisioterapeuta até a Seleção Brasileira de Natação. Tiago relata que esta relação profissional teve início em 2015, na ocasião do Campeonato Mundial Júnior da modalidade. No ano seguinte, atuou em jornadas esportivas nos Estados Unidos e na aclimatação para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, mas não chegou a participar diretamente do evento mundial. A vontade de estar lá o motivou a seguir no ofício e conquistar um lugar nas Olimpíadas de Tóquio, munido de experiências coletadas em campeonatos dos mais variados países ao longo dos anos. 

“Em competições, os fisioterapeutas estão entre os primeiros a chegar e os últimos a ir embora. Somos responsáveis pela montagem do espaço de atendimento, que chamamos de quartel general ou QG. Lá, temos que proporcionar conforto e demonstrar total respeito e confiança com os atletas para que possam fazer seu trabalho”, explica. O trabalho ao qual se refere envolve uma série de etapas, como aquecimento, concentração e recuperação do desgaste físico ou eventuais lesões ocorridas nas disputas. 

O amplo espectro de atuação dos fisioterapeutas no esporte torna-os facilitadores, na visão de Tiago. Ele entende que o seu trabalho contribui para tornar o processo mais leve para os atletas, de modo que consigam se divertir mesmo nos momentos de maior tensão. A emoção levada ao público é, certamente, uma medalha para estes profissionais, que faz valer a pena todo o investimento e sacrifício direcionado à busca de um desempenho olímpico.

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