quarta-feira, 14 de julho de 2021

Seleção brasileira feminina B de cricket ganha novo uniforme

  Paulo Vitor de Campos

pvc.mantiqueira@gmail.com 

pvcampos@gmail.com 



Poços de Caldas, MG - A seleção brasileira feminina B de cricket, criada há quatro meses, agora está devidamente uniformizada. As meninas receberam ontem camisas e bonés para treinamentos e jogos. A intenção com a formação do novo grupo é que ele seja uma opção de atletas em caso da seleção principal sofrer alguma baixa, tanto física ou até mesmo técnica.

A diferença nos uniformes das equipes A e B são as cores. Enquanto o time principal treina com as camisas verdes, o time B tem uma camisa azul. Os uniformes são feitos pela empresa Duson.

“A formação desta equipe nos dá condições de ter mais opções caso precisemos mudar alguma coisa. Estas meninas serão uma espécie de sombra para as que estão na seleção A e isso será muito bom, já que ninguém vai querer perder lugar no time. São companheiras, mas são concorrentes”, disse Matt Featherstone, professor e treinador de cricket. “É assim que funciona o esporte. Tem um time voando lá em cima, mas que precisa de um time trabalhando mais embaixo, que vai querer subir também. É com este objetivo que este time B está chegando”, disse Matt. Ontem, o time treinou junto no Centro de Treinamento localizado no Country Club, mas os treinos devem ser realizados separadamente, com as meninas da equipe B sendo treinadas por Richard Avery na Associação Atlética Caldense.


Uniformes

Matt conta que treinar com os novos uniformes ajuda as meninas a se sentirem como um time e por isso a data foi especial para todas as “camisas azuis”, como são chamadas internamente. A equipe treina quatro vezes por semana. “Estou ansioso para saber qual será a camisa azul que vai subir para o time verde”, destacou Matt. Sobre os treinamentos separados, Matt acredita que assim que a pandemia passar as equipes vão treinar juntas na sede da seleção brasileira feminina. O grupo, entre camisas azuis e camisas verdes, conta com 25 meninas. “Este time é a seleção brasileira feminina de cricket, independentemente da cor da camisa e nada mais certo que todas treinarem juntas quando o momento assim permitir”, disse o treinador.


Time azul

A seleção das meninas “camisas azuis” aconteceu através dos projetos realizados na cidade. São cerca de cinco mil praticamente de todos os bairros. Matt conta que a seleção separou as dez melhores jogadoras de cada projeto e depois foi feita uma seleção para chegar no time ideal. “Foi um processo longo que envolveu conversas com as meninas, com os pais. Elas estão dando um importante passo em suas vidas e por isso teve que ser feito corretamente. Estas meninas que estão aqui não foram escolhidas ao acaso e elas sabem da responsabilidade que possuem. Não é simplesmente vestir uma camisa azul que já está tudo certo. Existem responsabilidades, compromissos que todas sabem que vão precisar seguir”, disse Matt. A equipe conta com nutricionistas, trabalho de preparação física, coaching mental, entre outros trabalhos. Tudo que as meninas da seleção A fazem, o time B também faz. “Ser um atleta de alto nível envolve muitas coisas e é assim que estamos trabalhando com nossas equipes, assim buscar formar times fortes com atletas querendo crescer e representar nosso cricket em diversas competições mundo afora”, falou Matt. Ele destaca que dentro em breve o time verde só vai funcionar bem se o azul estiver funcionando bem. Assim ele acredita que o Brasil terá tudo para ser uma potência no esporte. “Não tenho dúvidas que cinco ou seis pessoas que hoje trabalham na nossa linha de frente vão estar nas olimpíadas de 2028. Ainda não sei dizer quem, temos bastante tempo para trabalhar, mas temos gente que começou aqui em Poços de Caldas que estará representando o Brasil”, destacou.


Projetos

Com a pandemia, os projetos realizados na cidade foram paralisados. Com o avanço da vacinação, Matt acredita que até o fim do ano tudo estará normalizado. “Acredito que iremos ver uma mudança muito grande até novembro e acredito que a situação estará bem mais normalizada até lá. Estamos sentindo falta, mas logo vamos conseguir voltar à normalidade”, disse Matt, que tem projetos de aumentar os praticantes na cidade e ir além das fronteiras, levando o cricket para cidades vizinhas.


Palestra

As seleções A e B participaram de uma palestra especial com as médicas Ângela Borges de Carvalho Campos e Gláucia Regina Prata Caobianco. A palestra abordou diversos cuidados com a saúde feminina e o mundo do esporte. “Muito importante conversar sobre estes assuntos já que temos muitas jovens que estão começando a vida e precisam saber lidar com diversas situações do cotidiano”, destacou Matt.

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