quinta-feira, 12 de maio de 2022

Quase atleta olímpico, presidente da Unimed fala sobre a Volta ao Cristo

Poços de Caldas, MG – Em 1978, um jovenzinho que gostava muito, mas muito mesmo, de futebol queria assistir ao jogo do Brasil na estreia da Copa do Mundo, que acontecia na Argentina. O problema é que ele estudava no Colégio Notre Dame, um dos mais tradicionais de Campinas, e era praticamente impossível sair da aula na hora do jogo. Mas ele achou uma saída que poderia dar certo. O professor de educação física estava selecionando alunos para uma competição de atletismo. O jovem nunca tinha nem passado perto da modalidade, mas viu ali a chance de ver o jogo do Brasil, já que os alunos selecionados poderiam ser liberados mais cedo e com isso veriam a tão aguardada estreia do time canarinho no Mundial. Não funcionou. Ele acabou ouvindo do professor que o golpe não tinha funcionado. Esta história é do presidente da Unimed Poços de Caldas, Dr. Odlilon Treglifio Neto, hoje um dos médicos oftalmologistas mais renomados do Brasil. 

O atletismo 

A história narrada deu início a uma promissora carreira de atleta do Dr. Odilon. Estávamos no início dos anos 1980 e por muito pouco o médico de hoje não existiria, pois teria dado lugar a um atleta olímpico. Aquele não do professor de educação física acabou abrindo novas possibilidades. “O professor me disse que eu não iria para a prova no dia do jogo, resumindo, acabei não vendo a estreia do Brasil na Copa, mas ele me disse que se realmente eu quisesse ir para o esporte, no final de semana seguinte haveria uma competição e para esta, sim, eu estaria convidado”, lembra Odilon. E ele foi para o desafio. Sem nunca ter competido nada, Odilon surpreendeu e fez um tempo acima da média para a idade, na época 13 anos. Na hora o professor o convidou para entrar para o esporte. 

Vira-casaca? 

Odilon nasceu e cresceu em Campinas. Todos sabem da rivalidade na cidade entre Guarani (Bugre) e Ponte Preta (Macaca). Bugrino apaixonado, ele viu as oportunidades aparecerem no rival. Foi na Ponte Preta que viveu uma de suas melhores épocas na vida. E os companheiros eram nomes de peso. Odilon tinha em sua equipe Robson Caetano e Joaquim Cruz, nada mau. E não fez feio. Foram vitórias e mais vitórias, títulos e mais títulos e sucessivas convocações para a seleção brasileira. Disputar as Olimpíadas de 1982 em Los Angeles parecia questão de tempo. “Foi por pouco, competia em alto nível, os jornais especializados davam meu nome como certo, mas acabou não acontecendo, o índice que precisava não veio, mas fui feliz na Ponte Preta”, confessa o médico. Questionado se mudou de torcida, deixou de ser bugrino para ser macaca, a resposta foi simples. Jamais. “Sou Guarani doente, agradeço à Ponte Preta por todas as oportunidades, mas impossível ser um vira-casaca”. 

Mudança 

Aos 17 anos, veio a mudança completa na vida do jovem. Nesta idade ele conseguiu o feito de passar na faculdade de medicina, outra paixão da vida. “Sabia que no atletismo o tempo era mais limitado, meus tempos devido ao meu biótipo não seriam os mesmos e seria complicado seguir competindo em alto nível, então a medicina foi o caminho natural”, falou. Questionamos como seria um encontro do jovem atleta Odilon, no auge de sua carreira de esportista, com o hoje conceituado Dr. Odilon. Será que existe algum arrependimento no destino escolhido? A resposta novamente foi curta e objetiva. “Não me arrependo de nada. Escolhi o que era certo e o tempo me mostrou isso”, completou. 

Volta ao Cristo 

Dr. Odilon mudou-se de Campinas para Poços de Caldas. Já não era mais atleta, mas o esporte seguiu no sangue. Como um cidadão comum, a prática esportiva veio nas caminhadas pela avenida João Pinheiro e a participação em algumas corridas amadoras na cidade e região. Entre estas provas estava a Volta ao Cristo. Ele recorda que participou de edições com largada no Parque Municipal. “Disputei algumas vezes a Volta ao Cristo, uma corrida diferente, difícil, mas apaixonante. Subir o morro é muito difícil, descer é ainda pior, mas a recompensa de cruzar a linha de chegada é indescritível”, conta. 

Apoio 

A Unimed Poços de Caldas está em seu segundo ano de parceria com a Volta ao Cristo. Neste domingo, quando for dada a largada para a 39ª edição, muito do trabalho feito em parceria com a Secretaria Municipal de Esportes poderá ser visto. Para Dr. Odilon, apoiar a Volta ao Cristo é motivo de orgulho, mas, acima de tudo, mostra que a entidade está sempre engajada em projetos esportivos que motivam a qualidade de vida e da saúde. “Um prazer e uma honra enorme poder participar da Volta ao Cristo. A corrida, como qualquer outra prática esportiva, está totalmente alinhada a todos os valores que a Unimed preconiza. Valores como a saúde, a prevenção de doenças e com todo o bem que o esporte pode fazer para as pessoas”, destaca o presidente da Unimed Poços. “Nossa visão é de que precisamos cuidar da saúde e não da doença. Todo estímulo que possamos dar ao esporte, ao bem-estar, à qualidade de vida das pessoas é muito importante para a Unimed. Nosso foco é valorizar ações que melhorem a qualidade de vida das pessoas”, pontua. Ele destaca que as atividades esportivas apoiadas pela Unimed, em parceria com a Secretaria de Esportes, são muito importantes porque o esporte é saúde e direciona a vida dos jovens. “Os jovens que praticam esporte são mais focados, possuem um nível de concentração melhor, eles possuem uma disciplina ótima, já que o esporte exige que seja assim, e, o mais importante de tudo, eles estão longe dos vícios e das coisas que possam ser prejudiciais à vida”, finalizou Dr. Odilon.  


Nenhum comentário: