PAULO VITOR CAMPOS
pvcampos@gmail.com
Poços de Caldas,MG - Poços sediou ontem a II Copa Interna de Bocha Paralímpica. O evento foi realizado no ginásio Moleque César e foi organizado pelo professor Eraldo Sandi. O secretário de esportes Albert Mareca e vice-prefeito Nizar El Katib marcaram presença. O evento faz parte do Projeto Superar Limites no Paradesportivo e tem como objetivo principal de socializar e integrar os alunos que são atendidos na Adefip e na AACD. “Acreditamos que a partir deste evento eles possam ter uma vivência maior em competições e estejam preparados para participar de eventos nacionais como os Jogos Escolares. É muito importante realizar eventos deste porte, pois o benefício que ela traz para os alunos é muito grande”, disse Sandi.
O jogo
A Bocha paralímpica, assim como a bocha convencional, é um jogo de planejamento e estratégia ; é permitido o uso das mãos, dos pés ou de instrumentos de auxílio para atletas com grande comprometimento nos membros superiores e inferiores. A habilidade e a inteligência tornam-se fundamentais no desenvolvimento das jogadas, com aplicação de técnicas e táticas adequadas a cada superação das deficiências.
Na bocha atletas com grau de deficiência motora grave podem participar e desenvolver um elevado nível de habilidade. O jogo pode ser facilmente adaptado para permitir que jogadores com limitação funcional usem dispositivos auxiliares: rampas ou calhas e capacetes com ponteira.
O árbitro decide no cara ou coroa o direito de escolher se quer competir com as bolas de couro vermelhas ou azuis. Quem escolhe as vermelhas inicia a disputa, jogando primeiro o “jack”(Bola branca que é o alvo) e uma bola vermelha. Os oponentes se revezam a cada lance para ver quem consegue posicionar as bolas o mais perto possível do “jack”. As partidas ocorrem em quadras cobertas, planas e com demarcações no piso. A área do jogo mede 6m de largura por 12,5m de comprimento. O objetivo é jogar a bola o mais próximo do “jack”. Se duas bolas de cores diferentes ficam à mesma distância da esfera branca, os dois lados recebem um ponto. Vence quem acumula a maior pontuação.
O projeto
O Projeto Superar Limites no Paradesportivo é realizado todos os dias, de manhã e à tarde. “Temos várias atividades direcionadas ao desporto paraolímpico, trabalhos com o goalboll, a bocha paralímpica, vôlei sentado , futebol de sete, tênis de mesa e xadrez. As atividades acontecem na AADV, Adefip e AACD”, disse Sandi. O projeto tem nove anos e é realizado através da lei municipal de incentivo ao esporte, com incentivo da Unimed e patrocínio do Grupo DME. “A cada ano uma nova atividade paralímpica foi agregada ao projeto e com isto conseguimos fomentar mais o esporte, trazer mais alunos com deficiência para dentro do projeto”, continuou Sandi. Ele lembra que no início apenas 60 alunos faziam parte das atividades e atualmente cerca 130 estão integrados.
O evento de ontem contou com apoio da Secretaria Municipal de Esportes. “É um belo trabalho realizado através da lei de incentivo realizado pelo Eraldo, que tem um trabalho muito digno dentro do esporte de Poços de Caldas”, disse Albert Mareca. “Tem coisas que acontecem em Poços de Caldas que são surpreendentes. Antes o quem tinha deficiência física não fazia quase nada e hoje, em todas atividades, eles são aproveitados como cidadãos comuns. Me dá uma felicidade muito grande em saber que em Poços de Caldas tem um projeto tão bom e de alto nível comandado por um profissional capacitado como o Eraldo”, disse o vice-prefeito Nizar. El Kathib.
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