terça-feira, 20 de março de 2012

E agora, prefeito?

A atitude do prefeito de Poços de Caldas no último domingo foi na verdade um grande vexame nacional. O fato foi exibido em diversas emissoras do Brasil e até mesmo no exterior através da Globo Internacional. O que se passou pela cabeça do prefeito não dá para entender. Ele se defendeu dizendo que está cansado de ver os times do interior serem roubados, por isto teve aquela atitude. Disse ainda que era o torcedor, não a autoridade, que estava fazendo aquilo. Será que na cabeça do prefeito o torcedor comum pode invadir o campo para protestar a hora que quiser?  Na verdade, ninguém que estava no estádio gostou da atitude. Ele foi aplaudido num primeiro momento, porém, com todos que conversamos, a opinião era a mesma. Aquilo não estava certo e não pegou bem para uma autoridade de tamanha importância. O prefeito inclusive trocou de camisa antes de invadir o campo. Ele chegou ao estádio com uma camisa da Caldense, porém, ao entrar em campo estava com uma camisa comum.
O ato do prefeito pode tirar da Caldense muito dinheiro. As punições podem chegar a 100 mil reais e cinco partidas longe de casa. No caso de serem confirmadas estas punições para clube será que o prefeito vai arcar com sua responsabilidade e bancar este prejuízo da Caldense? Será que ele pagará por viagens e despesas que o clube terá por não jogar em Poços de Caldas. E a multa? Ele pagará, seja ela qual valor for? Ao dizer que teve um ato de revolta por ser um torcedor da Caldense não convenceu. Na realidade ele agiu como um anti-torcedor, jogou contra, agora tem um pepino grande nas mãos.

O juiz
O árbitro Igor Benevenuto teve uma atuação contestada pela Caldense. Ele, no entanto, fez o que é comum neste campeonato. Inverteu várias faltas, não deu outras claras para a Caldense e assim minou o time de Poços de Caldas. Isto é normal, já havia ocorrido no jogo da Caldense contra o Atlético Mineiro. Num dos lances mais revoltantes, uma falta dura que Max sofreu no meio de campo ela nada marcou. Mandou o lance seguir. Se não fosse agredido, Max teria saído cara a cara com Fábio e poderia marcar o gol para a Caldense. Naquele momento a partida estava empatada sem gols e a história do jogo poderia ser outra.

 Max
A expulsão de Max foi corretíssima. O jogador agrediu um adversário e deveria ser expulso mesmo se não tivesse um cartão amarelo. O jogador está mostrando ser afoito, não sabe lidar com o porte físico e tem certo descontrole. Jpa foi expulso em duas partidas num campeonato que tem poucos jogos.  Max prejudicou a Caldense muito mais que o árbitro do jogo. Até ser expulso, a partida estava equilibrada, porém, com sua saída a Caldense se perdeu completamente. O jogador será julgado hoje na FMF e caso pegue vários jogos de punição deverá ser dispensado do clube ainda esta semana.

Ademir
O técnico Ademir Fonseca mostrou conhecimento ao avaliar a derrota da Caldense para o Cruzeiro. Segundo ele, o time da capital soube explorar os erros da Caldense, que foram muitos, e venceu com justiça. Ele lamentou a atitude do prefeito e disse esperar que o Chefe do Executivo ajude o time a achar uma saída para não ser punido pela Federação. Fonseca está certo em tudo que disse, mas o que a gente espera dele a partir de agora é que não tome atitudes como a de sexta-feira, quando impediu a imprensa de entrar no CT para ver os treinamentos. O treinador precisa entender que a imprensa é parceira e quer apenas realizar seu trabalho. Todos sabiam, inclusive ele, que não seria impedindo os profissionais da imprensa de trabalharem, que a Caldense venceria o Cruzeiro.

Agressão
Domingo foi realmente um dia para ser esquecido pela Caldense. Segundo relatos da assessora de imprensa da Caldense, Priscila Loiola, ela e o meia Renatinho foram agredidos por uma pessoa que estava no estádio como representante da Federação Mineira de Futebol. Renatinho, segundo relatos, levou uma cusparada no rosto e Priscila teve o braço torcido por esta pessoa que não teve seu nome divulgado. Fato lamentável.

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