A polêmica eliminação do Corinthians Caldense e a inclusão do Sporting Aphas na semifinal do Campeonato Amador revoltou dirigentes e jogadores. Mesmo pessoas de outras equipes procuraram a reportagem para relatar atitudes da LPF. O Corinthians venceu o jogo contra o Sporting Aphas por 3x2. O técnico Juarez, do Corinthians, escalou Tiago que havia recebido três cartões amarelos na fase anterior. Essa situação deixa o atleta sem condições de jogo, no entanto, os dirigentes alegam que a LPF deveria ter colocado na ficha do jogo que o atleta não tinha condições. Como isso não foi feito, os dirigentes acharam que os cartões recebidos pelo jogador na fase anterior haviam sido zerados e que ele poderia entrar em campo. Os cartões não foram zerados e o time foi punido no julgamento. “Toda essa situação ficou mais complicada num julgamento onde o Corinthians não teve condições de se defender e a LPF e sua comissão julgadora tiraram o time do campeonato”, disse José Geraldo “Schumacher”, técnico e jogador de futebol amador em Poços.
Segundo Schumacher, não é a primeira vez que isso ocorre. “Ano passado o Vila Nova entrou em campo com ordem do Ceará, que mandou nosso time jogar contra o Mitsui. Os treinadores não queriam a partida, porém, devido às ordens do presidente da LPF, entramos em campo, vencemos o jogo e na terça-feira seguinte fomos eliminados porque a partida começou atrasada”, disse Schumacher. O técnico/jogador denuncia um esquema de privilégio para determinados times. Segundo ele, existem no futebol amador de Poços de Caldas dois pesos e duas medidas. Algumas equipes são punidas sem perdão e outras nem passam pela comissão da LPF. “Não dá para entender o que acontece em casos assim”, desabafa Schumacher. O mesmo aconteceu no rural, que teve um caso de jogador irregular e sua equipe não foi punida. “A LPF deveria ser mais justa com seus clubes filiados. Não é bacana dois pesos e duas medidas. Não pega bem, gera comentários dos que se sentem prejudicados”, disse ele.
Arbitragem autoritária - Schumacher também anda revoltado com a arbitragem da LPF. Segundo ele, os juízes tratam o jogador de forma desrespeitosa e não aceitam que o atleta fale nada durante uma partida. “Eles ameaçam com cartões e expulsão o tempo todo, não tem diálogo, não tem conversa. No jogo do último domingo eu fui expulso sem ter dito nada para o Paulão. O massagista de nossa equipe brigou com ele e ele me expulsou sem saber se estava expulsando a pessoa certa. Quando tentei conversar, ele apenas disse que era para eu deixar o campo. O Paulão é um dos mais autoritários. Já chega com a mão no bolso para tirar o cartão. Isso atrapalha o desempenho do jogador que atua preocupado em não contrariar o juiz”, relata ele, que disse ainda que outros árbitros da LFP atuam da mesma forma. Segundo o técnico, também neste sentido existem dois pesos e duas medidas. “Às vezes o jogador faz cera e o juiz dá cartão amarelo e para outro de uma equipe diferente, que também fez cera, o cartão não é dado. A coisa anda tão feia que estou com medo de ser expulso na rodada de hoje quando meu time joga contra a Caldense. Parece perseguição”, relata Schumacher. Outro caso que ele relata é a suspensão do treinador do União, Mário, expulso depois de criticar o árbitro do jogo entre União x Realiza. “Achei que a expulsão do Mário foi justa, mas a punição de 120 dias foi muito dura. Ele não agrediu ninguém fisicamente para receber uma punição tão grande. O Mário também não teve chances de defesa, pois a comissão julgadora tomou a decisão sem dar muitas chances de argumentos para o treinador”, finalizou.
Ceará - A reportagem entrou em contato com Ceará, presidente da Liga Poços-caldense de Futebol, que se comprometeu a comparecer ao Mantiqueira ontem para dar sua versão dos acontecimentos. Mas, mesmo tendo agendado a entrevista para 16h ele não apareceu nem justificou sua ausência.
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