Poços de Caldas, MG - O Nova Aurora se classificou para a final do Campeonato Interbairros, mas não disputará a decisão contra o Vila Nova, amanhã no Bandolão. O tribunal da Liga Poços-caldense acatou denúncia do São José e desclassificou a equipe por ter utilizado o jogador Luiz Carlos Gabriel Neofiti da Silva na competição.
A presidente do Nova Aurora, Mônica Canto, se manifestou mandando um e-mail ao Mantiqueira. Segundo ela o jogador mora numa rua central da cidade e por isto está legal para disputar a competição pelo Nova Aurora, que faz parte da zona leste. “Não é a primeira vez que vejo esse recurso ser usado para fins e benefícios sabe-se lá de quem!!! O time não tem competência para ganhar em campo e usa o famoso ‘tapetão’ , diz ela e trecho do e-mail. Mônica admite que não participou das reuniões iniciais da competição, porém, sabe que o regulamento de anos anteriores foi mantido, por isto não entende porque o jogador Luiz Carlos não tem condições de jogo se mora no centro da cidade. “Para que reunião de início de campeonato, todo regulamento e muito falatório? Para não aceitar que outro time ganhe? Os jogadores que atuam pelo meu bairro são pessoas sérias, profissionais gabaritados e conhecedores de regulamentos e não trabalharam contra nenhum dos itens pré requeridos. O que a Liga ganha com isso? Se é para funcionar assim, então não crie nenhum regulamento e dê o título direto para quem eles querem. Podem ainda tirar a sorte no palitinho, no cara ou coroa”, disse Mônica em outro trecho do e-mail.
Mônica se diz desiludida como futebol amador de Poços de Caldas. “ Vejo muito se falar no Bom Senso Futebol Clube, que tenta moralizar o futebol brasileiro. O que adianta tanta mídia em cima disso se em competições locais, em cada município do país, o que impera é sempre o jeitinho e burlar a lei para favorecer esse ou aquele. A moralidade começa assim que abrimos os olhos. Precisamos de pessoas sérias para trabalhar com pessoas sérias, disse ela.
A reportagem conversou com Matheus Henrique, do Nova Aurora. Ele participou da reunião preparatória do Interbairros. “No ano passado foi apresentado um mapa que divide a cidade em regiões sul, leste e oeste. Este ano foi mantido o mesmo mapa. A linha imaginária do mapa que divide zona leste e oeste passa exatamente em cima da rua Corrêa Neto. Nosso jogador mora na esquina de cima da Rua José Piffer e devidamente enquadrada na região leste de acordo com o mapa apresentado pelo presidente da entidade. Aconteceu a denúncia por parte do São José alegando que a casa do nosso jogador fica fora da região leste e isto acabou sendo acatado pela Liga”, disse Matheus, que procurou o presidente da entidade e tentou convenser o mesmo de que a casa do jogador faz parte da zona leste. Segundo Matheus, ele e o presidente da LPF entraram em contato com o Dr, Helio na tentativa de resolverem a questão. “Fiquei confiante, não tinha lógica ter outra interpretação, mas me mostraram uma conta de água da casa do meu jogador, uma folha impressa na Secretaria de Planejamento dizendo que a rua Corrêa Neto faz parte do centro e, como o centro está no enquadramento oeste ele estava nos eliminando. O que não dá para entender é que nessa hora o mapa não valeu de nada. O mesmo mapa que era soberano na primeira reunião não valeu nesse caso, porque a casa dele está na linha imaginária que corta a cidade e o regulamento da competição não diz nada sobre quem mora na “divisa”, finalizou Matheus.
A reportagem tentou entrar em contato com o presidente da LPF, mas não conseguiu.
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