quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Associação de Ciclistas de Poços quer reativar pontilhão ferroviário

Delma Maiochi
delmaiochi@hotmail.com


Poços de Caldas, MG – Os ciclistas costumam descobrir caminhos desconhecidos da maioria dos habitantes ao realizarem passeios pelo entorno da cidade. Assim foi com o centenário pontilhão ferroviário do rio das Antas, localizado nas imediações do bairro Maria Imaculada, abandonado depois que o trem deixou de circular. Ele se tornou parte da rota dos pedais, mas como se encontra sem manutenção fica inseguro para travessias.
A Associação de Ciclistas de Poços de Caldas (ACPC) está propondo uma adaptação no pontilhão para que ciclistas e pedestres possam utilizá-lo. A intenção é cobrir a extensão da ponte com tábuas.
“Há décadas que o trecho de nossa linha férrea entre o bairro Maria Imaculada e a Estação Bauxita está completamente abandonado. Não serve nem de passagem de pedestres, pois a ponte sobre o rio das Antas encontra-se só na estrutura. Sem segurança alguma para a travessia. Devido ao abandono, também existem várias caixas de marimbondos e abelhas, tanto na própria estrutura da ponte, quanto no caminho até o bairro Maria Imaculada”, conta o coordenador do grupo Alvaro Danza Vilela.
Ele diz que por ser uma trilha muito importante para os ciclistas e ter um grande potencial turístico e de lazer, a Associação de Ciclistas propôs à prefeitura uma parceria para liberar o trecho, criando um grande parque linear, desde próximo à antiga estação de trem até a Bauxita.
“Recentemente, o Conselho do Patrimônio Histórico de Poços deu o seu parecer favorável à adaptação da ponte ferroviária para o uso de pedestres e ciclistas. Tendo o aval da prefeitura, a Associação de Ciclistas abrirá uma arrecadação pública via internet para custear a colocação das tábuas no piso e guarda-corpos. A intenção é que a prefeitura fique responsável por limpar o trecho abandonado, coberto pelo mato. Desta forma, a sociedade se une em parceria com o poder público a fim de tornar a trilha do trem realidade, com segurança e conforto para a população. Enquanto não temos trilhos, que tenhamos trilha”, finaliza ele.

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