Poços de Caldas, MG - A crise financeira que atinge o Poços de Caldas Futebol Clube, o Vulcão, foi exposta ontem através de uma nota divulgada pela diretoria. Salários atrasados e fuga de parceiros são alguns dos pontos da nota, que também escancara a falta de apoio de empresários locais e gestores públicos. “Sim, estamos passando por dificuldades. Infelizmente, muito do que foi planejado por nós não está ocorrendo. Tivemos problemas com nosso principal patrocinador, que não se manteve conosco, e antes do início do campeonato, deixou o clube, nos deixando numa situação bem difícil, visto que várias das dívidas que o clube possuía com a FMF tiveram que ser quitadas à vista”, diz trecho da nota, salientando ainda que o atual grupo pensou que estas dívidas seriam parceladas. “Este parcelamento nos foi passado durante a troca de gestão, mas a situação não era bem assim e com isto ficamos praticamente sem fundo de caixa. Além de várias dívidas que “apareceram” após o retorno das atividades do clube”, segue a nota.
Risco de parar
O Mantiqueira procurou o vice-presidente do clube Diego Nogueira, que descartou qualquer possibilidade do Vulcão fechar as portas e desativar novamente o futebol. “O time está voando, não vamos parar de forma alguma. Não existe essa possibilidade. Temos problemas financeiros, porém, não são a ponto de parar as atividades, não estamos falindo. Só precisamos de ajuda dos empresários locais para respirarmos e seguir bem o trabalho. E contamos com isso”, disse Nogueira.
Salários
Sobre os atrasos nos salários de funcionários e jogadores, o dirigente disse que o problema vem sendo resolvido e que para isto estão sendo usados recursos próprios.
Jogadores
O dirigente destaca que todo o elenco está ciente da situação do clube e está colaborando para ajudar. “Nosso time é de verdadeiros guerreiros e vem nos mostrando em campo que está comprometido neste momento de dificuldade. Os resultados conquistados até o momento são uma vitória única e exclusivamente deles. E faremos o que pudermos e o que não pudermos para ajudá-los. Do atacante à cozinheira, estamos todos juntos”, disse o dirigente.
Decepção
Em trecho da nota a diretoria expressa decepção com empresários locais e gestores pela falta de apoio. Segundo a divulgação, aconteceram promessas que não foram cumpridas e colaboraram para a situação atual. Sobrou até para parte da imprensa. “Alguns veículos de imprensa esportiva também estão ignorando e criticando o nosso trabalho, o que nos chateia, pois muitos deles o fazem de forma gratuita e sequer nos procuraram. Estamos levando o nome da cidade para todo o mundo”, diz. Temos poucos parceiros e somos gratos a eles. O prefeito de Caldas, que nos acolheu, o secretário de Esportes Paulista, que tenta ajudar de todas as formas, além da Unimed e a Caldense”, disse Diego ao Mantiqueira.
Ajuda
O dirigente termina pedindo ajuda ao clube. “Queremos e precisamos de ajuda para seguir com os planos de levar o Vulcão a um lugar de destaque no futebol e qualquer interessado será muito bem recebido”, finaliza.
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