PAULO VITOR DE CAMPOS
pvcampos@gmail.com
Renan Muniz
A.A.Caldense
Poços de Caldas, MG - A cidade recebeu ontem membros importantes do Conselho Internacional de Criquete (International Cricket Council - ICC). Estiveram presentes Andy Hobbs, chefe de desenvolvimento global de cricket, Fara Gorsi, gerente da modalidade nas Américas, Gres Caisley, C.E.O. do cricket no Brasil, Tobias Hanbury, vice-presidente do Cricket Brasil. Pela manhã eles participaram de uma reunião na Associação Atlética Caldense com Matt Featherstone, grande responsável por trazer a modalidade para Poços de Caldas, e o professor Alexandre Felippe. A reunião ainda contou com presença do atual presidente da Caldense Antônio Bento Gonçalves e do presidente eleito Rovilson Ribeiro.
“O ICC é equivalente à Fifa no futebol. Eles foram convidados a vir a Poços para acompanharem os projetos que estamos desenvolvendo na cidade e debater ideias para expandirmos ainda mais. Foi um encontro raro, pois recebemos o chefe mundial do cricket, que veio de Dubai especificamente para nos visitar”, comentou o professor Matt Featherstone, que também é o presidente do cricket no Brasil.
Andy Hobbs, gerente global do cricket, ficou otimista com o que acompanhou do esporte na cidade. “Procuramos entender como é o cricket no Brasil e dar suporte para ajudar a desenvolver ainda mais a modalidade no país. Percebemos aqui uma grande paixão pelo jogo, toda uma comunidade envolvida. Mas, o mais importante é que a modalidade trouxe muitos benefícios para os praticantes, como integração social e desenvolvimento de seres humanos”, disse em inglês, em uma tradução literal.
Fara Gorsi, de Colorado, Estados Unidos, também gostou dos assuntos debatidos na reunião. “Ficamos impressionados com o trabalho desenvolvido aqui, parabenizamos todos pelos resultados obtidos e nos colocamos à disposição para o que for preciso. O cricket não é só um esporte para os jovens, é algo que ensina muitas coisas. Eles jogam com o coração, fazem amizades, aprendem a ter disciplina. Esse é o legado que queremos deixar”, comentou, também em inglês.
“Queremos mostrar serviço, para que todos vejam que o projeto que estamos começando é promissor. Temos hoje 1.480 praticantes na cidade e pretendemos atingir 5.000 até o final de 2020. Nossa meta é formar novos professores de cricket e consequentemente estimular novos praticantes. Queremos expandir o projeto para outras cidades. Nosso sonho a longo prazo é implantar a modalidade em todas as cidades do Brasil”, completou Matt.
“Viemos para aprender”
“Estou em Poços de Caldas maravilhado com todo o trabalho que está sendo feito aqui. Quero aprender tudo o que foi implantado na cidade para levar para o Rio de Janeiro e tentar o mesmo sucesso por Lá. Tudo aqui é fantástico”, falou Tobias Hanbury, vice-presidente do Cricket Brasil e também presidente do Carioca Cricket Club. “Modelo praticado em Poços de Caldas é muito bonito e queremos isto também no Rio de Janeiro”, pontuou. Segundo ele, o cricket jogado no Rio de Janeiro nos dias de hoje conta apenas com jogadores repatriados e poucos brasileiros se interessando pela modalidade. Ele quer mudar este cenário e repetir o que foi feito em Poços de Caldas por Matt Featherstone. “Queremos buscar crianças nas comunidades para praticar o esporte e repetir esta estrutura que hoje existe em Poços de Caldas e não temos nada parecido no Rio de Janeiro. Então, esta visita serve para termos noção do que é feito e como tudo que é bom é para ser copiado, levar isto para nossa cidade e expandir o cricket ainda mais no Brasil”, falou Hanbury. “ O Rio tem potencial para ser uma força no cricket, que chegou por lá por volta de 1900, antes do futebol, mas não cresceu como aqui. Queremos mudar este cenário”, finalizou ele.
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