A noite da última terça-feira foi especial para os alunos da Academia Paulão Rezende, pois aconteceu a graduação de faixas. Segundo o mestre Paulão, o evento serve para que no ano novo os alunos possam começar numa graduação mais elevada. Um outro fato marcou a data para a academia. Aconteceu a formatura da primeira mulher faixa preta, Pâmela Cristina. “Já graduei 79 faixas pretas e a Pâmela é a primeira mulher, e isso me orgulha muito”, disse o mestre Paulão. Amante convicta do jiu-jitsu, Pâmela saiu de um projeto social do Cohab e faz parte do grupo treinado por Paulão Rezende há nove anos. “São anos de conquistas. Ela tem títulos nacionais e internacionais, sempre se destaca em competições importantes”, disse o mestre. Pâmela teve uma carreira cheia de lesões, mas está em tratamento. Segundo ela, o joelho sempre incomodou mas o amor pelo esporte falou mais alto. “Formar uma mulher faixa preta é uma grande honra para toda a academia”, disse Paulão.
Para Pâmela, ser a primeira mulher faixa preta da Academia é motivo de orgulho. “O jiu-jitsu está no sangue desde que iniciei no projeto no Cohab com o Paulão. Hoje quero dar aulas, ter minha academia e ter um projeto semelhante ao que comecei e onde criei amor pelo esporte. Vou honrar muito esta faixa preta e espero que as mulheres da cidade se empolguem e passem a praticar esta arte marcial maravilhosa”, disse Pâmela, que ressalta que agora vai se dedicar mais aos treinos e competições.
Além de Pâmela, Diego Martins e André Merbak também receberam faixa preta e os outros alunos foram graduados com outras faixas.
Os atletas de jiu-jitsu são graduados com as faixas branca, azul, roxa, marrom e preta. “Nós da região resolvemos colocar a faixa amarela devido à demora do tempo que leva para o atleta chegar na faixa azul e optamos por usar uma faixa intermediária. As crianças são graduadas com faixas branca, amarela, laranja, verde, azul, roxo, marrom e preta”, explicou o mestre. Cada atleta é graduado de ano em ano. Alguns atletas levam cerca de seis anos para chegar à faixa preta. Segundo o mestre, tudo é levado em conta, desde a dedicação e quantidade de treinos e títulos conquistados. “Se o atleta está entre os melhores do mundo não tem porque mudar ele de faixa. Temos casos como o do Giusley Santos que já está na faixa marrom, o Paulo Alves que está na azul mas que temos um projeto para este atleta e queremos que ele seja campeão em todas as faixas. O Paulinho infelizmente não tem um título mundial porque neste último campeonato foi prejudicado pela arbitragem”, disse o mestre, que destaca a dedicação de seus alunos e ainda a parceria com o Projeto Soma, segundo ele fundamental para os aprimoramento técnico de seus alunos.
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