Brasília/DF - Os municípios selecionados para receber unidades do Centro de Iniciação ao Esporte (CIE), maior projeto de legado de infraestrutura esportiva dos Jogos Olímpicos e dos Jogos Paraolímpicos de 2016 e que compõe o PAC 2, foram anunciados ontem pelo ministro do Esporte, Aldo Rebelo. “As cidades recebem um equipamento planejado, com medidas oficiais e o melhor material para a construção e espaço para a prática de 13 modalidades. Eles estão destinados a treinar o atleta de alto rendimento e também a fornecer a prática de atividade física de lazer, ou educacional ou de entretenimento”, afirmou o ministro. Serão 285 centros, distribuídos em 263 municípios, com foco em 13 modalidades olímpicas, seis paraolímpicas e uma não-olímpica.
Poços de Caldas foi contemplado com o modelo 2 que é composto por duas quadradas poliesportiva, uma coberta e outra descoberta, mas sem a pista de atletismo. A obra também é mais cara do que foi anunciada pelo prefeito Eloísio do Carmo Lourenço, na edição de ontem ao Mantiqueira. O custo total será de 3,1 milhões. Deste valo o município não gastará um centavo. O centro ficará localizado no Residencial Monte Verde II, terreno de 3.500m2.
Aldo Rebelo cumprimentou prefeitos e prefeitas por terem encontrado dentro do prazo um terreno livre de qualquer impedimento jurídico para o pleno uso na construção do Centro de Iniciação ao Esporte. “O Ministério do Esporte vai oferecer toda a assistência e acompanhar passo a passo para ajudar as prefeituras a superar as dificuldades e as adversidades na construção desse equipamento para que sejam entregues à população antes das Olimpíadas”, completou.
O secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento, Ricardo Leyser, lembrou que a realização dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos no Rio em 2016 permitiu sensibilizar a todos, principalmente o governo, sobre a importância de infraestrutura esportiva. “É um equipamento multiuso, voltado para a identificação de talentos e a formação de atletas na base, a ampliação da oferta dessas instalações públicas com requisitos oficiais. É um equipamento esportivo que atende a todas as regras para uma prática formal do esporte”, ressaltou o secretário.
Segundo Leyser, a localização dos equipamentos em áreas de alta vulnerabilidade social foi um dos critérios de seleção. “Há um diálogo com comunidades que necessitam desse esporte como base, como desenvolvimento social e também uma interligação com outros programas do próprio ministério, a exemplo do Segundo Tempo”, frisou.
De acordo com o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Andrew Parsons, esse é um passo muito grande na direção de se trabalhar melhor o esporte paraolímpico. “O governo federal contempla sem diferenciação os esportes olímpicos e paraolímpicos, dando as mesmas oportunidades aos dois”, apontou.
Também estiveram presentes à cerimônia do anúncio o secretário do PAC, Mauricio Muniz, ministra da Cultura, Marta Suplicy, presidente da Embratur, Flávio Dino, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, José Elito Carvalho Siqueira, diretor executivo de Esportes e Integração Paralímpica, Agberto Guimarães, prefeitos, senadores e deputados federais, entre outras autoridades.
O que é o CIE
O CIE é um dos maiores projetos de legado dos Jogos Olímpicos e dos Jogos Paraolímpicos de 2016, que serão realizados no Rio de Janeiro e beneficiarão todo o Brasil. Com ginásios poliesportivos e outras estruturas que podem receber até 13 modalidades olímpicas, seis paraolímpicas e uma não-olímpica, o CIE é parte do objetivo de disseminar a prática do esporte em todo o país, oferecendo espaço para o desenvolvimento da base do esporte de alto rendimento. O processo de seleção para as cidades interessadas foi aberto em 4 de fevereiro, e o prazo de cadastramento encerrou-se em abril. O Ministério do Esporte recebeu as propostas e selecionou as que se enquadravam nos critérios estabelecidos.
Os municípios puderam escolher entre três modelos de CIE, conforme o tamanho do terreno disponível.
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