Poços de Caldas,MG - O cricket segue firme abrangendo o maior número possível de pessoas da comunidade de Poços de Caldas. A mais nova entidade que conta com os ensinamentos do professor Matthew Featherstone e cia é o PMJ Santa Maria. Meninos e meninas treinam pelo menos duas vezes por semana e sonham em integrar as equipes de Poços de Caldas que hoje vêm se tornando uma referência na modalidade. Durante a semana, o professor Matthew Featherstone, juntamente com Richard Avery e o proprietário da Nexo Engenharia Gustavo Bertozzi, esteve no PMJ distribuindo as camisetas do projeto para os alunos, que treinam no quartel da Polícia Militar, localizado no bairro. “Este é um de nossos projetos mais novos e vem dando muito certo graças ao empenho de todos que abraçaram o cricket”, disse Featherstone. Cerca de 90 crianças do PMJ Santa Maria estão participando das aulas de cricket. “Nossa finalidade é crescer cada vez mais e fazer da modalidade uma mania entre os poços-caldenses”, continuou Featherstone, que salientou que a cada três meses um projeto novo é criado na cidade. Segundo ele, em pouco tempo o cricket estará tomando conta da cidade com um número expressivo de praticantes. Featherstone destaca ainda que tudo é possível graças ao apoio de parceiros importantes como a Nexo, Rotary, Hotel Minas Gerais e DME, entre outros. “Temos mais de 20 projetos na cidade e o apoio destes parceiros é de fundamental importância.
Para a coordenadora do PMJ Santa Maria Miriam Bernardes, a introdução do esporte entre os alunos foi muito importante no desenvolvimento de cada um e uma mudança comportamental muito importante. Miriam conhece bem o projeto de cricket na cidade, pois fez parte da equipe de professores do Colégio Municipal, local onde recebeu as primeiras aulas em Poços de Caldas. “Temos várias atividades no PMJ para nossos alunos, mas o cricket é atualmente a que eles mais gostam. Os instrutores sabem como trabalhar, incentivam os meninos e isto faz muita diferença na vida deles”, disse Miriam.
Camisetas
A entrega das camisetas do projeto foi realizada em meio a muita euforia. Todos ficaram devidamente uniformizados e logo foram para o treino do dia na quadra do batalhão da PM. Para Gustavo Bertozzi, não existe dinheiro que pague ver tamanha alegria estampada no rosto de cada menino e menina. “Este projeto é fantástico pois cumpre com muitas finalidades. Além de lidar com a criança nesta fase mais propensa a assimilar as boas práticas, traz educação de uma forma lúdica, em que a criança aprende a ter disciplina, trabalha muito a parte esportiva, educação física, sendo que dentro deste processo todo o aprendizado, conhecimento, a busca por metas e novos conhecimento ficam completamente bem estabelecidos”. Bertozzi completa salientando que o cricket tem tudo para transformar a vida de muitas crianças como as do PMJ Santa Maria.
Cricket em Poços
Iniciado em 2011, através do inglês Matthew Featherstone, técnico e capitão da seleção brasileira masculina e representante oficial do cricket nas Américas, o Projeto Cricket Poços de Caldas nasceu com o objetivo de popularizar o esporte, que é o segundo mais praticado no mundo. Com grande aceitação das entidades e da população, o programa contribui com a comunidade local, oferecendo desenvolvimento esportivo, recreação e descobrindo novos talentos do esporte. O projeto esportivo atende atualmente alunos a partir de 6 anos de idade, que gratuitamente frequentam as aulas em núcleos como a Associação de Assistência aos Deficientes Visuais (AADV), Casa do Menor, Colégio Municipal, Associação Atlética Caldense, Projeto Bem Viver, Parque Municipal, entre outros.
O cricket
A maneira mais fácil para o brasileiro entender o cricket é por meio da semelhança com o taco ou betes, que parece uma forma simplificada do jogo inglês. O princípio é o mesmo: o arremessador tem que derrubar a “casinha”, a wicket, e o rebatedor tem que bater a bola e correr até a outra wicket para marcar pontos, ou runs.
Mas, enquanto o taco é jogado em duplas, um time de cricket é formado por 11 jogadores: dois rebatedores, os batsmen, e onze fielders no campo tentando impedir que a equipe da vez (a que rebate) complete os runs e tentando eliminar os rebatedores. Além de derrubar a casinha, o rebatedor pode ser eliminado se a bola for pega no ar; ou se a wicket for “quebrada” antes de os rebatedores chegarem a ela ao tentar marcar os runs. A equipe da vez tem que marcar o maior número de runs possível, enquanto o outro time tenta eliminar dez rebatedores. Uma vez que todos esses rebatedores são eliminados, os times trocam de posição, passando a rebater o que estava arremessando e a arremessar o que estava rebatendo. O vencedor é o time com o maior número de runs. A bola usada para jogar é dura, feita de cortiça e couro, um pouco maior que uma bola de tênis. Duas casinhas ficam a 20 metros uma da outra e o campo inteiro mede praticamente o mesmo que dois campos de futebol. Quando o rebatedor consegue bater a bola para fora dos limites do campo, ele marca quatro runs. Se a bola não bater no chão, ele marca seis runs. Cada arremessador atira a bola seis vezes, um over, e aí outro arremessador atira da outra casinha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário