sábado, 23 de janeiro de 2010

Poços conquista títulos e se destaca em Minas Gerais

Apesar de ser uma modalidade pouco divulgada, o squash é um dos esportes que vêm colocando a cidade no cenário dos grandes campeões do Brasil. Praticado na Caldense desde setembro de 2004, conquistou muitos seguidores nesses cinco anos. Hoje o clube conta com aproximadamente 60 praticantes, sendo que 10 participam de competições. Segundo Franco Otávio Tobias Martins, um dos instrutores da Caldense, a equipe participa de torneios do circuito do interior paulista e ainda do Campeonato Brasileiro que a cada ano é disputado em uma sede diferente. Franco atualmente é vice-campeão brasileiro. “Nossa equipe é muito forte e temos jogadores campeões em várias etapas dos circuitos paulistas e isto nos deixa uma grande perspectiva para melhorarmos ainda mais em 2010”, disse. Franco, juntamente com o atleta Renato Alves, jogará em 2010 pela primeira vez na primeira divisão, em que o nível dos adversários será maior ainda e as dificuldades aumentarão na mesma proporção. Os treinos são bastante puxados, o esporte rápido e, segundo estudos, um dos que mais queimam calorias. É comum durante os treinos e competições o atleta deixar a quadra encharcado de suor. Franco disse que a equipe da Caldense busca participar de todo o calendário de competições. “Todo mês tem pelo menos um torneio, alguns atletas tiram do próprio bolso para representar a cidade ou ainda por amor ao esporte. Ninguém quer ficar de fora”, fala Franco.
Um atleta bom no squash é aquele que consegue ter um raciocínio rápido e um bom preparo físico pois é um esporte muito rápido e a bolinha às vezes nem é vista por quem está assistindo ao jogo.

Feminino
Helena Dias representa o squash feminino da Caldense e hoje é uma das atletas que mais crescem na modalidade. Campeã de várias competições, ela tenta através de seus resultados incentivar outras mulheres a praticarem a modalidade. “É comum a gente ver apenas as esposas que acompanham seus maridos nos campeonatos. Infelizmente, poucas se arriscam dentro da quadra e esse cenário precisa mudar. As mulheres têm boas chances de conseguirem bons resultados mas para isso é necessário que se arriscarem mais. A Caldense tem uma grande estrutura para o squash e oferece igualdades de condições para homens e mulheres desempenharem suas habilidades”, conta Helena, que este ano deve participar das 14 etapas do circuito regional. “Os treinos são fundamentais para que a gente jogue bem uma competição e sempre quando tem um torneio em vista anima bastante”, conta ela. Franco destaca que através da parceria com Caldense, GM Costa e Zusters, conseguem apoiar alguns atletas nas viagens para as competições. Além de Franco Martins, a Caldense ainda tem como instrutores Renato Alves e Ailton Lopes. “Poços de Caldas hoje é considerada uma das grandes forças, até mesmo nacional, e em Minas Gerais fica atrás apenas de Belo Horizonte. Quando a Caldense chega em alguma competição já existe um respeito muito grande dos outros atletas e isto foi conquistado graças ao nosso trabalho nestes cinco anos de squash no clube", finaliza Franco.

170 ANOS DE SQUASH
Por mais de um milênio, a humanidade tem inventado e desfrutado de jogos baseados em rebater uma bola com a mão ou com algum tipo de bastão ou raquete. Por volta do ano de 1148, na França, se jogava "le paume", que significa a palma da mão; este jogo progrediu, mais tarde, como "jeu de paume", "real tennis", "royal tennis", ou simplesmente tenis.
Inusitadamente, no começo do século 19, esta obsessão com raquetes e bolas deu início a uma variante do esporte no presídio The Fleet, em Londres. Os presidiários se exercitavam rebatendo uma bola contra as paredes. Vários deles usavam raquetes, dando origem ao jogo de "rackets". Tal jogo encaminhou-se por algum obscuro caminho até Harrow e outras escolas britânicas de prestígio e tradição, por volta de 1820, embrionando-se o esporte conhecido como "squash rackets", ou simplesmente, squash.
O squash foi "inventado" por volta de 1830 na Harrow School, quando os alunos descobriram que uma bola furada do jogo de rackets, quando espremida (squashed) pelo impacto com a parede, produzia um jogo com muito mais variedade de trajetórias, e que também requeria um esforço muito maior para se jogar, pois os jogadores não podiam simplesmente "esperar" a bola voltar, como no jogo de rackets. Esta variante foi muito bem aceita, e em 1864 as primeiras quatro quadras de squash foram construídas na Harrow School e o esporte conhecido como squash foi oficialmente fundado.
Nos primórdios do squash, como em todos os outros esportes, não havia nenhuma padronização internacional, e foi inevitável o surgimento de algumas variantes do jogo. Felizmente, somente duas variações vingaram. Uma, na Inglaterra, jogada em quadras de 21 pés de largura e com bolas macias, e a segunda, jogada na América do Norte, com quadras de 18,5 pés de largura e bolas duras. Ambas usavam um quadra de 32 pés de comprimento.

SQUASH NO BRASIL

A primeira quadra de squash surgiu no Brasil no início do século passado nas minas de ouro de Nova Lima-MG, trazida por engenheiros ingleses. Em clube esportivo a primeira quadra surgiu no São Paulo Athletic Club na década de 30.
No final da década de 70 e início de 80, o primeiro boom do squash começou com a construção de quadras em clubes e academias de São Paulo e Rio de Janeiro. No final de 80 novas quadras foram construídas no Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais e também em Belém do Pará.
A primeira federação a ser fundada foi a Federação Paulista de Squash Rackets em 20/11/1979 . Depois veio a Federação de Squash do Rio de janeiro, fundada por filho de ingleses liderados por John Hughes . A Associação Brasileira de Squash foi fundada em 1985 tendo com seu primeiro presidente Carlos Salem.
Depois foram fundadas as federações de Minas Gerais (Marcus Guimarães e Alexandre Moreira), Paraná (Cassibo Buffara/José Baggio) e Rio Grande do Sul Luiz Augusto Borges, Marcos Bastian e Emílio Fernandes).
A Confederação Brasileira de Squash foi oficialmente fundada no dia 21 de junho de 1991 na sede do Comitê Olímpico Brasileiro com apoio do então presidente do COB André Gustavo Richer e do presidente da Confederação Brasileira de Squash Aloisio Amorim.
Hoje o squash é praticado também nos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Alagoas, Ceará, Maranhão, Goiás e Sergipe, contando com aproximadamente 35.000 praticantes e 1.000 quadras.

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