sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Aumento do ISSQN e mudança na avaliação dos projetos são reivindicações dos esportivas

Poços de Caldas, MG - Profissionais da educação física, atletas, autoridades e empresários estiveram reunidos na Câmara Municipal, no início da tarde de ontem, debatendo mudanças diversas na área esportiva. Com presença de aproximadamente 150 pessoas, foi uma das maiores audiências públicas realizadas na cidade. “Foi uma grande oportunidade de debatermos a possibilidade da sensibilização dos nobres vereadores para alterações na lei de 1 para 2 por cento através do ISSQN para projetos esportivos. Fiquei muito feliz com este início de conversações e acredito que temos grandes chances termos mudanças importantes daqui em diante”, disse o secretário de esportes Albert Mareca.
Segundo o atual presidente do Conselho Municipal de Esportes, Deusdedit Assis Filho, o mais importante objetivo é igualar a área da cultura. “A cultura hoje tem 2% do ISSQN, enquanto o esporte apenas 1%. Entendemos que esporte como ferramenta, e como fenômeno de transformação social, é extremamente importante na vida da comunidade. Poços de Caldas é uma cidade que cresceu muito, temos muitas praças esportivas e entendemos que o esporte deve alcançar este aumento, principalmente pela importância que ele exerce. Através do esporte a criança tem uma esperança a mais de conseguir alguma coisa na vida”, disse Deusdedit.
Outro ponto bastante discutido na audiência foi o atual critério de aprovação de projetos esportivos. A maioria dos presentes reclamou bastante do excesso de critérios da comissão julgadora. “Uma assinatura que foi esquecida em uma via do edital não pode tirar um projeto de circulação. Uma folha de jornal a mais ou a menos não pode desclassificar um projeto. É preciso que avaliem o benefício do projeto, o que de bom ele vai trazer para a comunidade, a seriedade dos profissionais envolvidos no trabalho”, continuou Deusdedit, que ainda defendeu uma igualdade entre os professores de educação física que atuam nos projetos com os professores da rede municipal de ensino. “Não temos férias, décimo terceiro, enfim, as garantias que os profissionais da rede pública possuem. Acho que isto não é justo e precisaria de mudanças também neste sentido”, continuou Assis.
Para o vereador Antônio Carlos Pereira, um dos mais atuantes na área esportiva de Poços de Caldas, o resultado da audiência realizada ontem pode trazer muitos benefícios ao esporte da cidade. Segundo ele, abrir espaço para as pessoas colocarem suas ideias em discussão é um grande caminho para se chegar a algum lugar. “Existem muitas reclamações a cada ano de projetos que são desclassificados por motivos bobos, que geram problemas os profissionais da educação física. Muitas vezes são detalhes que poderiam ser corrigidos de uma forma até mais humana. Acredito que o objetivo da lei é incentivar, porém, quando acontece esta desclassificação ficam de foram projetos interessantes e que poderiam ajudar muitos jovens em toda a cidade”, disse Pereira. O Vereador lembrou que este ano não existe nenhum projeto de capoeira, esporte em que Poços de Caldas sempre teve destaque. “Poços é uma cidade fortíssima na capoeira e não entendo não ter nenhum projeto neste esporte, enquanto algumas modalidades elitizadas conseguem recursos vultuosos, incentivos mais altos e isto não dá para entender”, continuou Pereira. Para o vereador a comissão deveria buscar uma diálogo maior com as pessoas que  trabalham no esporte e na cultura e orientar melhor na elaboração dos projetos. “Não custa nada procurar ajudar, pois muitas as pessoas não conhecem como participar de um edital. Acredito que esta audiência pública pode ajudar a resolver estas situações”, finalizou Pereira.
Sobre o assunto Carlos Alberto dos Santos, o Lelo, comentou em plenário, que a comissão segue as regras e se o edital não está de acordo com o que foi pedido tem que ser desclassificado, pois isto faz parte do regulamento. Segundo ele as conversas que se iniciaram ontem podem ajudar as pessoas na elaboração dos próximos projetos e diminuir um pouco o índice de reprovação.
Outras audiências devem acontecer sobre o tema. A maioria dos profissionais presentes na reunião saiu animada.
“Espero que seja aprovado este aumento de 1 para 2% porque precisamos captar mais recursos para nosso projeto evoluir. Acredito, como foi dito aqui por outras pessoas, que os projetos realmente precisam serem melhor avaliados  para que o esporte da cidade cresça sempre mais”, disse Thiago Fernando Rodrigues, que coordena o projeto Esporte Cidadão que atende no PMJ do bairro São José.

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