Desde que foi definido que a partida de estreia da Caldense na Copa do Brasil seria contra o Corinthians, muito se falou sobre a venda do mando de campo para outra cidade. Os boatos diziam que a Veterana havia recebido propostas milionárias para realizar o evento em um estádio de copa do mundo. Mas para agradar seus torcedores e até mesmo governantes de Poços de Caldas, a diretoria do clube abriu mão de lucrar com essas negociações e realizou o confronto no Ronaldão. Recentemente, foi divulgado o borderô da partida. Um público excelente para os padrões do estádio (7186 pagantes) e uma renda promissora: 490.880 reais. Dinheiro suficiente para manter o futebol da Caldense por um bom tempo, só que não.
O jogo foi transmitido em rede nacional por quatro canais de TV, levando o nome da cidade para todo o Brasil e, mesmo assim, a Prefeitura Municipal de Poços de Caldas fez questão de cobrar a taxa de aluguel do estádio e, com isso, recebeu praticamente 25 mil reais. Além disso, a Caldense teve de pagar diversas taxas à Federação Mineira de Futebol, ao governo e aos mais diversos profissionais que trabalharam no evento. Por fim, como combinado com o Corinthians, a renda restante foi dividida meio a meio com o Timão, que ficou com quase 180 mil reais.
Pois é, ao final das contas, a Caldense lucrou 180 mil com a bilheteria do jogo, valor bem abaixo do que poderia receber com a venda do mando de campo, é verdade. Mas pelo menos ambas torcidas fizeram uma linda festa, as equipes proporcionaram um bom espetáculo e a organização foi perfeita. Porém, seria justo a prefeitura da cidade ter cedido o estádio para a Veterana e dispensado a taxa de aluguel. Uma troca de favores. Mas quem sabe não o façam em uma próxima oportunidade e de maneira permanente. Pois se a prefeitura de Varginha cedeu o estádio Dilzon Melo para a final do Mineiro 2015, por que a prefeitura de Poços não pode ceder o Ronaldão também? (Renan Muniz)
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