Poços de Caldas, MG - Esta semana, a cidade recebeu pela primeira vez em sua história jogos de um torneio profissional de tênis. O Itajubá Open vale pontos para o ranking mundial e trouxe para Poços nomes como Caio Zampieri e Ricardo Hocevar.
Além dos atletas, um árbitro em especial chamou a atenção. Weverton Leão tem na bagagem torneios importantes por todo o mundo. Ele já trabalhou em jogos dos torneios da ATP, Master 1000 e diversos challengers. A história de Leão deve servir de inspiração para milhares de garotos. Vindo de uma família humilde, ele conseguiu oportunidade no esporte através do projeto social Bola Dentro, de São Paulo.
Aos 8 anos, o menino carente começou como boleiro e aos poucos foi se apaixonando pelo esporte. “O Agostinho Carvalho, idealizador do projeto, me deu a oportunidade que esperava na vida. Comecei pegando bolas durante os jogos, depois passei a trabalhar em torneios maiores, ainda como boleiro, e fui adquirindo um grande conhecimento no tênis”, conta o árbitro. Após esta fase ele conseguiu recursos para fazer a faculdade de educação física e começou a ministrar aulas de tênis. “Busquei o melhor segmento para minha carreira e resolvi ir para a arbitragem. Tinha um grande conhecimento de regras e isto facilitou muito”, contou Leão, que se aventurou como jogador em alguns torneios, porém, logo viu que sua praia era outra.
O árbitro falou sobre a importância de projetos sociais na formação do jovem. “Muitas portas se abriram em minha vida, porém, se não fosse pelo projeto, e pelo Agostinho, não sei como seria meu destino nos dias de hoje”, conta.
Aos 26 anos, Leão conseguiu a certificação internacional recentemente. Seu último trabalho fora do Brasil foi o Master 1000 de Madri. “Graças a Deus tive grandes oportunidades na vida e sou muito grato ao projeto social que me acolheu quando eu era apenas um garotinho carente sem saber o que seria de meu futuro. Hoje estou realizado”, finalizou.
O projeto Bola Dentro teve início em junho de 2005 e visa ao atendimento socioeducativo para crianças e adolescentes carentes. O objetivo é criar oportunidades profissionais no esporte. Hoje, ele atende 200 alunos entre 7 a 18 anos.
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