A avaliação final é uma tradição da Federação de São Paulo e reúne centenas de atletas de diversas partes do Estado. Este ano a graduação reuniu aproximadamente 200 judocas, sendo que 180 foram graduados para o primeiro grau e o restante para as demais graduações. “A graduação é a confirmação de todo um trabalho realizado por estes alunos que ao longo dos anos se dedicam e mostram no exame todo seu conhecimento”, disse o sensei de Poços de Caldas, Elton Fiebig. O processo de graduação é longo. Ao todo o atleta precisa passar por vários cursos - ética, filosofia, primeiros socorros, treinamento, arbitragem, mesários, fundamentos técnicos, entre outros. O candidato ainda precisa trabalhar por um ano como árbitro e mesário para a Federação Paulista. A pontuação acumulada nas competições durante o ano também conta bastante na hora da troca de faixa.
Faixa preta
No evento realizado em Mauá, o poços-caldense Vinícius Marcondes foi um dos graduados. O judoca é o mais novo faixa preta da Federação Paulista. O atleta de Poços de Caldas lutou durante dois anos em busca de realizar o objetivo. A conquista da faixa preta foi motivo de muita comemoração. Vinícius conseguiu uma das notas mais altas, sendo bastante elogiado pelos professores da banca examinadora. “Isto mostra que trabalhando sério e com empenho o aluno tem o resultado reconhecido. Para a vida esta é a primeira conquista do Vinícius, agora para ele, o judô começa de verdade. A partir deste momento ele pode ministrar aulas numa federação credenciada pela Confederação Brasileira de Judô, pois a faixa preta conquistada por ele é reconhecida em todo o território nacional”, disse Fiebig. Vinícius está no quarto semestre do curso de educação física e após a formatura se transformará num dos profissionais mais completos da cidade.
Durante o processo de graduação Vinícius contou com a ajuda da judoca Savana Campos. Os dois treinaram juntos num período de dois meses.
O judoca
Vinícius conversou com a reportagem e destacou alguns momentos de sua carreira no judô. O atleta pratica a arte marcial há 11 anos, sendo que durante quatro anos estava na faixa marron. “Comecei os cursos da FPJ há dois anos em busca da graduação pela faixa preta. No entanto, durante estes dois anos tive que ir acumulando pontos de competição e arbitragem, que eram 10 pontos de competição e mas 16 pontos de arbitragem ( sendo que cada campeonato conta 1 ponto”, disse o atleta.
Além da parte técnica, Vinícius ainda precisou investir financeiramente no projeto. Para realizar o exame de graduação ele gastou aproximadamente R$ 800,00 de prova, R$ 225,00 para o curso de kata, R$ 225, 00 para o curso de fundamento técnico, R$ 100,00 para o curso de história e ética, filosofia e terminologia e R$ 120,00 no curso de arbitragem, No total a graduação custou ao atleta cerca de R$ 3 mil, contando os gastos com viagens.
“No entanto o valor compensa, já que é reconhecida por um órgão oficial que é FPJ ligada a CBJ. Sendo assim, ela passa a ser oficial, diferente de algumas que temos em determinados locais. É como se eu tivesse o Cref e outra pessoa que tem uma faixa preta não reconhecida, não tivesse nada e mesmo assim exercesse a profissão. Fico muito feliz porque no momento da troca de faixa vi todos os anos que lutei passar como um filme em minha cabeça. Fiquei muito feliz com a presença do sensei Elton e do meu pai em Mauá. Agora é terminar os estudos terminar o curso de Educação física, possuir o Cref e, juntamente com o sensei Elton, levantar projetos para que possamos elevar o judô de Poços de Caldas num patamar diferenciado e que se torne referencia nacional”, disse Vinícius Marcondes.
No dia da graduação Vinícius realizou uma prova teórica sobre o judô e ainda uma apresentação de Kata - que são sequência pré requisitadas - Go kyo - demonstração dos golpes - Renraku waza - sequência de golpes - Kaeshi waza - contra golpes - e Katame waza - finalizações.
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