sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Antônio Carlos dos Santos, o Ceará, se mantém na presidência da LPF até 2020

Poços de Caldas, MG -  Antônio Carlos dos Santos, o Ceará, continua sendo o homem forte do futebol amador de Poços por mais quatro anos. Ontem ele foi confirmado como presidente da Liga Poços-caldense de Futebol até 2020 em eleição que teve chapa única. Silvio Heller de Lima, o Silvo, será o vice-presidente, a secretária é Luci Mara Siqueira, o tesoureiro é João Abud, o diretor de árbitros Paulo, e Rogério é o suplente do Departamento Jurídico.

Quem é Ceará

 “Comecei minha história no amador de Poços de Caldas como árbitro de futebol. Apitei várias finais, muitos jogos importantes, inclusive algumas partidas profissionais, como Caldense e Corinthians e Caldense e Internacional, na qual fui bandeirinha. Posso afirmar com toda certeza que como árbitro no futebol amador de Poços de Caldas eu me consagrei. Atuei em toda a região do sul de Minas e até mesmo em Belo Horizonte, quando fiz parte do quadro da Federação Mineira de Futsal. Meu pensamento era de me profissionalizar na carreira de juiz de futebol, no entanto, resolvi não me afastar da família ou até mesmo deixar meu emprego. Era trocar o certo pelo duvidoso então desisti de seguir adiante com meu sonho. Tenho certeza de se tivesse investido nesta carreira profissional teria conseguido sucesso. Isso tudo aconteceu em 1982. Na época fui convidado pelo Vilmar Barbosa para apitar jogos de futsal na quadra recém-construída na Alcoa. Minha primeira experiência foi para bandeirar um jogo em substituição a um dos titulares que não apareceu. Meu trabalho agradou e fui continuando a bandeirar. O Flávio Zotti era o presidente da Liga de Futsal na época e fiz um curso de futebol de salão patrocinado pela Alcoa e consegui a maior nota. Nessa época o Samuel Ferreira já era uma pessoa que sabia tudo de regras. Eu passei a admirar seu trabalho e ele começou a me orientar, me incentivou a estudar a fundo as regras do esporte. Ele dizia que seu eu não estudasse não iria apitar as partidas. A primeira oportunidade para apitar futebol de campo foi em um jogo no aeroporto. O juiz convocado para o confronto faltou ao compromisso. O Aldo José Lobo de Carvalho, juntamente com o Benedito Henrique Zangiacomi, que era o diretor de arbitragem da LPF, me chamou para apitar a partida, que seria entre Cruzeiro do bairro São José e Flamengo do Cascatinha. Um clássico daqueles tempos e para piorar eu nunca tinha apitado futebol de campo, não tinha nada, nem uniforme. O Aldo me emprestou a bermuda e a meia. A camisa eu usei a mesma que usava para apitar os jogos do futsal. Senti uma pressão muito grande e às vezes me pegava pensando o que estava fazendo ali. Fiz meu trabalho, não me recordo o placar da partida e acabei agradando. Depois disso fiz vários jogos e minha carreira decolou. Atuei muitas vezes como juiz, outras como bandeira e até mesmo como representante. Meu porte físico ajudava e comentavam muito sobre o novo árbitro, um cara grande, forte, que impõe respeito. Numa certa oportunidade Samuel foi ver de perto meu trabalho. Durante uma partida no Ronaldão apitei uma falta, o atleta ajeitou a bola com a mão para cobrar e eu inverti a cobrança. O Samuel me questionou o porquê da inversão e eu disse que era porque o jogador havia colocado a mão na bola. Ele me explicou que naquele caso eu estava errado pois a bola ainda não havia entrado no jogo pois eu mesmo havia parado o lance. Depois disso investi muito nos estudos das regras e consegui crescer muito como juiz de futebol. Após algum tempo o Lira passou a ser diretor de arbitragem da LPF e com ele tive mais chances para atuar”. O primeiro ano que Ceará assumiu a LPF foi em 2004


Apoio dos clubes
“Claro que existem clubes que não aprovam nosso trabalho, criticam nossas medidas. Mas tudo é feito na imparcialidade, sempre sem pensar em “a” ou em “b”. Antes os atletas agrediam árbitros e companheiros. O campeonato parava e tudo ficava por isso mesmo. Hoje esse quadro mudou. Temos casos de atletas que já foram punidos com cinco mil dias de suspensão. Outros tomaram dois mil dias, ou seja, não existe impunidade e isso faz com que os campeonatos de hoje, disciplinarmente, sejam muito bons. Atletas e dirigentes entenderam nosso trabalho e procuram colaborar o máximo possível.




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