segunda-feira, 28 de maio de 2018

“Sem patrocinador, master não tem como disputar competições nacionais”, diz presidente da Caldense

PAULO VITOR DE CAMPOS
pvcampos@gmail.com

Poços de Caldas, MG - O Mantiqueira conversou com o presidente da Associação Atlética Caldense, Antônio Bento Gonçalves, que fez um balanço da participação do time no Campeonato Brasileiro da Série D. Para ele, o time foi montado dentro dos recursos disponíveis para o futebol e lamenta a falta de um patrocinado master para bancar a disputa em qualquer competição nacional. Caso contrário, diz ele, fica praticamente inviável a disputa por times como a Caldense. “Estas competições exigem estar preparados financeiramente pois custam muito caro. Sem dinheiro é impossível fazer um bom campeonato. Ter um time em condições de brigar para subir, ou seja, para montar um elenco competitivo é preciso de um apoio de patrocinador muito bom, o que não conseguimos”, falou o presidente, que diz que se a situação não mudar a equipe pode até ficar de fora destas competições no futuro. “Se lá na frente a gente conseguir um patrocinador que abrace o clube, que invista financeiramente uma quantia que nos dê tranquilidade e condições de montar um time forte, aí sim teremos condições de brigar pelo acesso e agradar imprensa e torcedores que tanto cobram uma Caldense lutando e fazendo campeonatos melhores como fez este ano”, falou o presidente, que lamenta a falta de apoio e vê uma dificuldade muito grande na situação mudar. Questionado se o clube não correu atrás deste patrocinador master ele disse que a corrida foi grande, mas ninguém apareceu interessado para assumir esta responsabilidade.

Baixo custo

Para disputar o Campeonato Brasileiro da Série D este ano o clube montou um time com um custo 70% mais baixo do que o do Campeonato Mineiro. Foram reduzidos salários de jogadores e comissão técnica. O técnico Johnatan Alemão foi uma das apostas e contou no elenco com atletas jovens que disputaram pela primeira vez campeonatos como Copa do Brasil, Brasileiro da Série D e Campeonato Mineiro da primeira divisão. Segundo ele, os atletas responderam bem em campo, mas em algumas partidas acabaram sentindo a falta de experiência. Ele acredita que se eles tiverem novas oportunidades na Caldense já estarão mais em condições de liderarem com algumas pressões.

Futuro

O presidente da Caldense deve definir nos próximos dias o futuro do time. Segundo ele, várias propostas estão sendo estudadas e os jogadores devem ser emprestados. Carlinhos e Matheus, por exemplo, são dois dos mais requisitados, mas a diretoria diz que tudo será analisado com calma. “Diversos clubes nos telefonaram pedindo jogadores e vamos definir o que fazer nas próximas horas”, falou o presidente. Times como Araxá e Pouso Alegre são alguns dos que querem jogadores da Caldense. Contratos como os de Omar, Jean, Fernando, Rodolfo, entre outros, além dos mais jovens que fazem parte do elenco, têm validade até o Campeonato Mineiro de 2019 e todos estes casos serão analisados com cuidado para ver como eles ficarão em atividade no segundo semestre. “São jogadores que precisam estar atuando, disputando alguma coisa para quando voltar ao clube estarem em condições. Temos muito o que fazer nestes dias e as soluções serão encontradas”, finalizou o presidente. O futebol profissional da Caldense só volta em novembro, quando acontece a reapresentação para a temporada 2019.

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