domingo, 11 de novembro de 2012
Poços-caldense participa do “Downhill da Morte” na Bolívia
Poços de Caldas, MG - Acostumado a grandes aventuras, Adilson Dorvalino Fernandes se prepara para mais uma de suas empreitadas. Amanhã (12), ele embarca para o Downhill da Morte nas perigosas estradas da Bolívia. Fernandes não tem medo de desafios e parte numa aventura onde o destino é incerto. O aventureiro não sabe onde e nem como vai passar as noites e brinca com tudo o que deve enfrentar. “Não tem graça nenhuma você ir para uma aventura com roteiro marcado. O bom é não saber o que vai acontecer, onde você vai ter um pouso, uma parada para se alimentar, como estará o tempo. Isto é a verdadeira aventura”, disse o ciclista. Acostumado a embarcar em viagens sem apoio algum, desta vez Fernandes conseguiu ajuda de alguns parceiros. “São pessoas amigas que estão me ajudado e acredito que isto vá amenizar um pouco as dificuldades da viagem”, disse. Ele conseguiu apoio da Casa de Carnes Frimer, Diet Flora/Neo Nutri, Dirt Bike e Durva’s Lanches.
Aventura
Adilson começará a pedalar na cidade de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. Ele sairá de uma altitude de 700 a 800 metros para o grande desafio. No primeiro dia pedalando o piloto deve chegar a 1.700 metros de altitude. No segundo dia, na região de Cochabamba, a altitude é de 2.500 metros. Uma variação que exigirá uma grande preparação física do aventureiro. A subida não para por aí. O Downhill da Morte, desafio principal do ciclista, acontecerá perto de La Paz, onde ele estará numa altitude de 4.600 metros do nível do mar. Até chegar a este ponto da aventura o poços-caldense já terá pedalado aproximadamente mil km. A previsão é que o downhill seja feito em dois dias. Fernandes enfrentará cerca de 65 km montanha abaixo num percurso cheio de perigos e que vai exigir muita habilidade. Serão 3 mil metros de descida. A chegada acontece em Coroico, também em solo boliviano. “Quero concluir minha aventura em 14 ou 15 dias”, avaliou. A volta será outra aventura e mais de 1500 a 2000 km de pedaladas. “Este tempo de volta vai depender da resposta do corpo. São muitas mudanças de altitude em curto espaço de tempo e com muito esforço e fica difícil saber como o nosso organismo vai reagir”, disse o ciclista, que está com 51 anos. “Com certeza será uma aventura impressionante e com certeza a mais radical que fiz em toda minha vida”, contou.
Fernandes deverá enfrentar muitos obstáculos durante a aventura. O clima instável, geralmente em torno de 5 graus negativos, pode gerar nevascas.
O aventureiro - Aventureiro de coração, Fernandes já pedalou em boa parte do Brasil e também alguns países da América do Sul. Já viajou por todo o litoral brasileiro, do Oiapoque ao Chui, percorrendo aproximadamente 8.500 km de bicicleta. Chapada Diamantina (15 dias), Serra da Bocaina (8 dias), Serra da Canastra (8 dias), Serra Gaúcha e Serra Geral-SC (18 dias) e Rio do Rastro, São Joaquim (15 dias) são as principais aventuras do ciclista pelo Brasil, que ainda pedalou pela Cordilheira dos Andes, percorrendo cerca de 4.500 km entre Santiago, Argentina, Uruguai, sul do Brasil e Poços de Caldas. Ele ainda pedalou de Corumbá-MS até o altiplano boliviano, no lago Titicaca, foi até a cidade de Cuzco no Peru e Machu Pichu, quando fez um trajeto de 3.500 km enfrentando uma altitude de até 4.950 m. O ciclista também possui um grande respeito na região, já que participa de algumas provas pelo sul de Minas, e tem alguns títulos nacionais de mountain bike. “Acho que toda minha história é o maior incentivo para novas aventuras, como essa”. O atleta diz que vai documentar em fotos toda sua nova aventura.
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