Poços de Caldas, MG - Um sábado histórico para o esporte local. A cidade viu o nascimento do mais novo clube de remo do Brasil, que agora faz parte de um projeto ambicioso que visa garimpar talentos para a disputa das olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016. O evento contou com a presença de autoridades, como o ex-presidente da Confederação Brasileira de Remo Wilson Reeberg, os empresários Marcelo Norberto e Luis Martins, entre outros, além do atleta Paulo de Paula, responsável pelo treinamento dos instrutores que vão trabalhar no projeto. De início as aulas serão para associados do Clube Náutico Praia do Sol e, posteriormente, para os meninos da comunidade do bairro São José, assistidos pela Associação e Ação Social (Aphas), presidida pelo padre Graciano Cirina. «A ideia é estabelecer esportes olímpicos em Poços de Caldas e podermos trazer delegações estrangeiras para períodos de treinamento na cidade. Visualizei uma possibilidade empresarial através do remo e acreditamos que é um grande passo para Poços ser um dos polos do remo no Brasil», disse o empresário Marcelo Norberto. O projeto dará acesso ainda a crianças da rede pública de ensino de Poços. «Por se tratar de um esporte caro estas crianças jamais teriam a oportunidade de ter contato com ele. Estamos facilitando este acesso para estas crianças sem custo algum e eles, em contrapartida, terão a chance de mostrar seus talentos», continuou Norberto. O custo do projeto será bancando por empresários e associados.
Momento histórico
Um dos principais responsáveis pela implantação do Clube de Remo Norberto & Gavião em Poços de Caldas, o ex-presidente da Confederação Brasileira Wilson Reeberg salientou o momento histórico que a cidade está vivendo. «Já presencieis várias comemorações de clubes de remo tradicionais no Brasil, mas nunca havia participado da fundação de um. Este clube em Poços de Caldas já nasce grande e ambicioso. Temos quatro barcos aptos para o início das aulas. Para se ter uma ideia, o Clube de Regatas do Flamengo, quando surgiu, não tinha um barco sequer e se tornou num dos maiores do país», lembrou Reeberg. O dirigente esteve em Poços de Caldas diversas vezes e se impressionou com a estrutura do local e com a vontade dos empresários da cidade. «A dedicação e interesse em trazer este projeto para Poços de Caldas foi importantíssimo para a criação do clube», disse. «Esperamos que os jovens da cidade aproveitem esta oportunidade de se iniciarem num esporte novo, que esses primeiros garotos que levam jeito para o esporte recebam uma atenção especial, sendo encaminhados a competições para ganharem bagagem e crescerem cada vez mais no remo brasileiro», finalizou Reeberg.
Estrutura
O belo cenário da represa Bortolan, palco da aulas de remo, não poderia ser melhor para a prática de um dos esportes mais tradicionais do Brasil. Suas águas calmas proporcionam boas condições de treinamento e a aposta dos idealizadores do projeto é de que em breve os frutos do trabalho passam ser colhidos. “Temos uma estrutura magnífica, o clube é diferenciado, o local é maravilhoso. A ideia deste projeto foi muito bem-vinda e vamos agregar o lado social, que visa à comunidade carente, o lado esportivo e a parte educacional», disse Manoel Renda, conselheiro do Clube Náutico Praia do Sol. As aulas começam no início de dezembro com os associados do clube. As crianças do São José só vão começar os trabalhos após passarem por um aprimoramento dentro do clube, onde vão aprender a nadar, ter aulas de primeiros socorros e depois passam para as aulas práticas. «Nenhum garoto vai entrar na represa sem estar totalmente habilitado para isto», disse Renda.
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