Porque caiu!
Falar depois do acontecido parece fácil, mas às vezes as coisas não são colocadas à tona em determinados momentos para não atrapalhar ainda mais um ambiente que claramente não era favorável ao treinador Eugênio Souza. Era claro que ele estava com problemas de relacionamento com jogadores. Semana passada, discutiu com pelo menos três durante as atividades. No jogo de domingo mexeu errado no time e pagou por isto, terminando a partida com um jogador a menos por não poder mais fazer modificações. No vestiário, ao comunicar ao jogador Diney que ele seria substituído foi rude com as palavras ao afirmar que o jogador estava atuando para a torcida e não para o time. Claro que Souza encontrou cobranças pesadas na Caldense. Assumiu um time que vinha de um vice-campeonato mineiro, mas parece que não soube lidar com isto. Tem capacidade, é o atual campeão da Série D, mas não deu certo em Poços de Caldas.
Treinos infinitos
Outro fator bastante negativo do treinador era exigir demais do time nos treinamentos. Era comum as atividades durarem horas. Apenas um tempo de um coletivo, por exemplo, teve 60 minutos. Coitado do preparador físico que pegava um elenco todo estourado depois. Tem que dosar. Quinta-feira, ele treinou cruzamentos na área por horas. Para que? O jogo de domingo mostrou que este treino não surtiu efeito nenhum. Segundo fontes, a insatisfação neste sentido era grande entre os jogadores e até mesmo integrantes da comissão técnica. O time tinha poucas folgas e os treinos eram muito fortes e demorados. Claro que uma hora ou outra o time ia começar a perder jogadores com problemas musculares. Não há ser humano que aguente uma carga tão forte como a que ele impunha ao grupo.
Gian
Gian terá um tempo para trabalhar e deve colocar o time nos trilhos. Jovem e fazendo parte da nova safra de promissores treinadores, vai assumir um time que ainda está muito bem no campeonato e brigando com boas chances pela classificação. Terá ainda pela frente um bom elenco que precisa de um acerto para engrenar. A confiança que havia ficado abalada domingo voltou a crescer com esta importante e necessária mudança.
Torcida
Se havia alguma dúvida de que parte da torcida da Caldense que protesta sempre após os jogos tinha fins políticos, depois do jogo de domingo esta dúvida acabou. Protestar contra o time, contra o treinador, contra o resultado, tudo certo. Protestar contra os últimos acontecimentos do clube fora de campo já não tem sentido algum. Uma coisa não tem nada a ver com outra. Os gritos ouvidos após o jogo não eram de quem estava preocupado com o futebol apresentado time em campo. A preocupação claramente era outra.
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