PAULO VITOR DE CAMPOS
pvcampos@gmail.com
Poços de Caldas, MG - Com duas passagens pela Caldense, o poços-caldense Wellington Simião tem mais um ano de contrato com o Coritiba, time que este ano disputou a série B do Campeonato Brasileiro. Ele se reapresenta ao time paranaense no início de janeiro para a pré-temporada e está em Poços de Caldas curtindo férias com a família. Neste intervalo, Simião está organizando um jogo beneficente em prol da Santa Casa. A partida acontece no próximo dia 22 no estádio Benedito Bandola de Oliveira, o Bandolão, e vai reunir alguns nomes importantes do futebol brasileiro. Simião esteve na redação do Mantiqueira e deu detalhes sobre o evento. Ele ainda falou sobre sua carreira, a Caldense e sobre o futuro.
Mantiqueira - Como será este evento beneficente?
Wellington Simião - Será um evento muito interessante, marcado para o dia 22 de dezembro. A programação terá início às 8h com jogos entre escolinhas da cidade, depois haverá partida de futebol feminino, um jogo de master e para fechar acontecerá o jogo entre os Amigos Solidários de Simião contra os ex-jogadores da Caldense. Para tornar este evento realidade procurei a Secretaria de Esportes e falei com meu amigo Paulista, agora secretário, e pedi ajuda para este evento. Solicitei o empréstimo de um campo para o jogo beneficente e aproveitei para perguntar a ele qual instituição ele indicaria para ser beneficiada. Ele citou a Santa Casa e eu achei interessante e fechamos com a instituição. A entrada será um litro de óleo. Os jogadores também doarão um litro de óleo que será entregue na Santa Casa. Quero agradecer muito a Caldense, principal parceira neste evento, que através de seu Toninho e Dr. Rovilson, novo presidente, vai nos ajudar bastante. Eles disponibilizaram a presença do Papai Noel e alguns presentes para doação no dia do evento. Será um dia muito agradável e quero aproveitar para convidar a toda população para nos prestigiar e ajudar a fazer o bem nesta época do ano tão especial que é o Natal.
Mantiqueira - Você tem muitos contatos no mundo do futebol. Quem poderemos ver em ação neste evento beneficente?
Simião - Alguns nomes estão confirmados, como o Chiquinho, que teve passagens por Flamengo, Corinthians, Santos, Fluminense, entre outros. Virá o Pablo, que jogou no Atlético Mineiro, Guilherme, que jogou no Grêmio, estava emprestado para o Botafogo e este ano esteve na Chapecoense e jogou comigo no Coritiba, Rodrigo, que passou pelo Vasco, São Paulo, Ponte Preta, Abuda, que atuou no Figueirense, Vasco, entre outros nomes que estarão em Poços de Caldas. Será um grande evento que vai ajudar muito a Santa Casa.
Mantiqueira - Você passou pela Caldense nos anos de 2007 a 2009 e
2013. Sente falta destes tempos?
Simião - Foi um imenso prazer ter jogado com a camisa da Veterana. Sou muito feliz e realizado por isto pois é o sonho de qualquer menino que nasce em Poços de Caldas e tem o desejo de ser um jogador de futebol profissional. Eu tive este privilégio de nascer aqui e defender o clube da minha cidade. Agradeço a Deus e espero um dia retornar e poder encerrar minha carreira por aqui jogando com este manto com o qual sempre me senti tão bem nesta casa. O fato de ser poços-caldense tornou este momento especial e falar da Caldense é sempre uma felicidade imensa pois sou apaixonado por este time e por esta cidade.
Mantiqueira - Você já foi comandado por muitos técnicos, mas sabemos que com o Tarcísio Pugliese a relação é especial. Esta amizade continua firme?
Simião - Conheci o professor Tarcísio no Luverdense em 2009 e ele me abraçou lá, me ajudou bastante. Eu era um garoto saído de Poços de Caldas e que estava indo para o mundo pela primeira vez e indo jogar uma competição importante pela primeira vez, na época o Brasileiro da Série C. O Tarcísio me deu a oportunidade de jogar, me lançou de fato no mercado do futebol brasileiro e se tornou um grande pai. Eu cresci sem pai, fui criado pela minha mãe e pelo meu padrasto, mas sempre com muitas dificuldades pela vida, já que minha infância foi um pouco difícil, então o Tarcísio apareceu e me abraçou de uma forma paternal, inexplicável e passei e ver nele a figura de pai. Ele me corrigia, dava conselhos, explicava, mostrava o caminho que eu tinha que seguir e com isto nossa amizade se tornou vez mais sólida. Esta amizade é para sempre, tanto é que ele está vindo para Poços de Caldas para ser padrinho do meu filho no batizado que acontece neste final de semana e serei grato a ele por tudo que fez por mim. É uma pessoa muito especial.
Mantiqueira - Que balanço você faz de 2018 e quais os planos para 2019?
Simião - 2018 foi um pouco complicado pelo fato de não ter conquistado os objetivos que o clube desejava e por isto foi um pouco frustrante. No futebol nem sempre as coisas acontecem do jeito que a gente espera e mesmo a gente trabalhando e se dedicando muito às vezes o resultado não vem. Foi assim este ano no Coritiba, mas agora é levantar a cabeça, pensar em 2019 e buscar conquistar os objetivos da nova temporada. Tenho contrato com o Coritiba, pretendo seguir no clube e ajudar no máximo possível. O clube está passando por uma reformulação, como não subiu para a serie A a cota de patrocínio caiu, mas acredito muito no trabalho do Rodrigo Pastana, novo diretor de futebol de lá, e ele está fazendo um trabalho muito bom e tenho certeza que vai ajudar o Coritiba a ser forte e voltar para a elite do futebol brasileiro. É um time que tem uma camisa muito grande, uma história de muito peso, uma grande torcida e merece estar entre os melhores sempre. Se for o desejo da diretoria quero permanecer no clube e ajudar que 2019 seja muito melhor que 2018.
Mantiqueira - Aos 31 anos você ainda tem muito futebol pela frente, mas quando deixar de jogar pensa em um jogo de despedida com a camisa da Caldense?
Simião - Claro que sim. É um desejo do coração, se um dia puder fazer um último jogo pela Caldense seria maravilhoso. Foi com a camisa da Caldense meu primeiro jogo profissional, então seria importante que o último também fosse. Outro dia vi uma entrevista do Casagrande em que ele dizia que todo atleta tinha que ter a oportunidade de se despedir do futebol com um jogo festivo e assim ele conseguiria encerrar a carreira da melhor forma possível e sem o peso de não ter tido um jogo de despedida. Ele contou que não teve e isso o incomoda até hoje. Então desejo sim um jogo de despedida e que este jogo seja com a camisa da Veterana. Seria maravilhoso.
Mantiqueira - E depois do encerramento da carreira de jogador. O que fazer?
Simião - Quero ser treinador de futebol. Estou estudando para isto e já estou me matriculando no curso de educação física e no futuro me vejo comandando algum time como treinador.
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