TRAPAÇA

Semana passada, o mundo da Fórmula 1 mais uma vez teve que assistir a um deprimente e infeliz jogo de equipe organizado pela Ferrari. O time “pediu” para Felipe Massa “gentilmente” ceder sua vitória ao espanhol Fernando Alonso, uma verdadeira trapaça digna da equipe que um dia foi a maior da Fórmula 1, mas que, hoje, graças a suas pequenas atitudes, vem perdendo espaço na categoria. No atual mundial, o time italiano é apenas o terceiro e bem longe da briga pelo título dos mundiais de pilotos e construtores.
O episódio de domingo já havia acontecido com Rubens Barrichello em 2002.Triste para o torcedor brasileiro que se acostumou com as vitórias de Nelson Piquet e Airton Senna. As três últimas maiores sujeiras do “circo” da Fórmula envolvem pilotos do Brasil. Os casos de Barrichello, Massa e ainda Nelsinho Piquet, que simulou um acidente para beneficiar seu parceiro, coincidentemente também Fernando Alonso.
Estas manobras acabam minando a credibilidade de um esporte tão bonito de se ver. Hoje, quando o telespectaor senta diante da TV para acompanhar a um Grande Prêmio, com certeza está mais desconfiado da honestidades dos protagonistas do espetáculo.
Felipe Massa obedeceu as ordens da equipe domingo passado, mas minou sua condição de ídolo. Hoje, ao ver suas entrevistas na TV ele mais parece ser um fantoche falando do que um piloto sério que a pouco tempo era considerado a única esperança do povo brasileiro em ter um piloto brasileiro campeão do mundo na Fórmula 1. Na realidade, no meu entendimento, nem Massa, nem Barrichello mereciam mesmo um título. São pequenos, não podem ser ídolos do nosso povo que busca, através do esporte, motivos para superar as frustrações de um país corrupto e com uma justiça lenta. É melhor lembrarmos que nossos campeões mundiais na Fórmula 1 foram grandes homens como Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e Airton Senna e não covardes como Massa ou Barrichello que no momento que tiveram a chance de provar que eram corajosos e desacatar ordens tão descabidas. Se Felipe Massa tivesse pensado no povo e no esporte brasileiro certamente não teria cedido lugar para Alonso domingo passado. Seria mais honroso vencer aquele GP o qual liderou por quase 50 voltas do que passar pela humilhação de dar lugar ao companheiro que, na pista, não fez por onde conseguir a ultrapassagem. Se tivesse mantido sua posição na pista, Massa certamente seria repreendido ou até demitido pela sua equipe, mas pelo menos manteria sua imagem de homem e ídolo intacta. Não faria parte da trapaça armada pela ex-maior equipe da F1.
Futebol - No meio de semana, aconteceram duas partidas decisivas no futebol brasileiro. Em Porto Alegre, o Internacional derrotou um “pequeno” São Paulo na Libertadores da América, enquanto que o Santos nem tomou conhecimento do Vitória - com Poços de Caldas escrito na parte de trás do calção - e praticamente garantiu o título da Copa do Brasil. Faltam dois jogos. O Inter, que perdeu muitos gols e a chance de fazer um placar tranquilo ainda não se garantiu. Vencer de 1x0 apenas não foi vantagem e o São Paulo tem boas possibilidade de reverter o placar e passar para sua sétima decisão de Libertadores. São Paulo e Inter definem o representante brasileiro na final de Libertadores e o possível campeão do torneio intercontinetal.
O Santos deve confirmar seu segundo título no ano.