quarta-feira, 15 de junho de 2016

Renato Rezende abre mão de provas após vaga olímpica e trauma pré-Rio 2016

A confirmação da vaga olímpica na prova de BMX dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016 também significou uma pausa na programação de competições do poços-caldense Renato Rezende. O ciclista nacional optou por não competir até as Olimpíadas para evitar o risco de lesões às vésperas do evento mais importante da carreira, por causa de um trauma recente.

Rezende sofreu uma queda em fevereiro deste ano e quebrou a clavícula em quatro pedaços. Deixou às pressas os Estados Unidos, onde treina, e dois dias depois foi submetido a uma cirurgia, em São Paulo, para colocar placa e parafusos na região. Passou a fazer até seis horas diárias de fisioterapia e em dez semanas já estava na semifinal da etapa da Holanda da Copa do Mundo da modalidade.

“Ninguém espera uma lesão em ano olímpico. A queda não foi culpa minha, mas tem que estar preparado até psicologicamente para isso”, explicou Rezende. “A recuperação foi excelente, e a gente conseguiu não perder o ritmo porque no final das contas fiquei só quatro dias sem treinar nada, quase não atrapalhou”, complementou.

Rezende se recuperou rapidamente da queda, mas aprendeu a lição. O carioca passará as próximas semanas apenas treinando e só voltará a competir nos Jogos Olímpicos do Rio de 2016, adotando a mesma estratégia de alguns dos principais atletas internacionais da modalidade.

Para ele, a precaução é ainda mais importante por causa da expectativa de disputar as Olimpíadas em casa, diante da família e amigos, e tentar esquecer a decepção de Londres 2012. Na capital inglesa, Rezende se impressionou com o ambiente olímpico, mas sofreu uma queda por causa de um pneu furado e luxou o ombro.

“A expectativa é muito grande por representar o Brasil aqui dentro do Brasil. Tenho certeza que vai ser muito especial”, afirmou o atleta, cuja meta é alcançar a bateria final diante de seus conterrâneos. “Não sou favorito, não coloco essa pressão em mim, mas vou lá brigar e dar o sangue”, completou.

Renato Rezende foi indicado pela Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC) para ficar com a vaga nacional no Rio por ser o piloto com mais pontos no ranking mundial. Por ser sede, o País teria um representante na competição, mas garantiu classificação pelo ranking de nações da União Ciclística Internacional (UCI), ao ficar com a 12ª colocação.

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