sábado, 2 de setembro de 2017

Ultramaratonista Tiago Loiola busca apoio para correr a BR-135 e o Desafio dos 300

Poços de Caldas, MG - Dono de um currículo de grandes vitórias, o ultramaratonista Tiago Loiola está em busca de apoio para tentar um feito inédito. Ele vai disputar a BR-135 e o Desafio dos 300 no início de 2018. O desafio se torna mais complicado pelo fato das provas estarem separadas por um curto espaço de tempo e o atleta, além de se recuperar de sérias lesões, tem necessidade de ajuda financeira. Ao longo de sua carreira, Loiola já disputou seis BR 135, nove provas de Iroman, sendo campeão em 2011 em Fortaleza, por quatro anos fez parte da seleção brasileira de Triathlon e recentemente ficou em quarto lugar nas 12 Horas do Cristo e segundo nas 12 Horas de Piracicaba. Loiola também já foi campeão brasileiro de Triathlon, terceiro colocado no Pan-Americano de Triathlon, campeão da Maratona de Natação em São Luiz, Maranhão, entre outros títulos.

Mantiqueira - Você se lesionou e está voltando a treinar agora. Como andam estes treinos?
Tiago Loiola – Minha lesão foi em abril e fiquei bastante tempo sem poder competir e nem treinar. Foram duas lesões, uma no pé direito e outra na virilha esquerda, que me afastaram por quase quatro meses das atividades. Agora estou voltando, ainda devagar, para os treinos e aos poucos vou me readaptando. Nesta fase tenho feito muito treino de força e aos poucos o volume vai ser aumentado e o foco é todo voltado para a próxima temporada.

Mantiqueira - Em qual estágio você está nesta fase de recuperação?
Tiago Loiola - Estou me sentindo bem, treinando todos os dias, sem dor, porém, o condicionamento físico ainda está ruim. Mas, esta parte realmente só com o tempo que melhora e é preciso muito foco nos treinos, principalmente os de volume, porque ainda não estou tão seguro para fazer treinos de velocidade, justamente foi como me lesionei.

Mantiqueira - Quais os treinos que você tem feito agora?
Tiago Loiola - Mais a parte de musculação porque preciso me fortalecer bastante pois quando pegar uma prova 300 ou 400 quilômetros é preciso estar bem fisicamente. Tem ainda a parte mental que precisa ser forte, além da alimentação.

Mantiqueira - Quando você volta a treinar a parte de estrada?
Tiago Loiola - Neste momento os treinos são em academia, mas também com bicicleta. Pego muita trilha de mountain bike e ajuda muito nesta parte do fortalecimento. Estrada só quando me sentir recuperado.
 Mantiqueira - E você ainda sente as lesões?
Tiago Loiola - Quando tento forçar um pouco, treinar dois dias seguidos, ainda sinto incômodo na virilha. Foi uma lesão mais grave e mais difícil de recuperar. Os treinos de mountain bike estão me dando força. Logo vêm os treinos de natação e acredito que até o final do ano estarei na minha melhor forma novamente.

Mantiqueira - Disputar alguma competição este ano, até mesmo para você sentir como está sua recuperação, está descartado?
Tiago Loiola - Tenho duas provas em vista. Uma de 42 quilômetros que vai acontecer em novembro em Águas da Prata e uma de 70 quilômetros em Botucatu. Porém, só irei nestas competições se eu estiver sem dor nenhuma. Quando a gente participa destas competições mesmo que na cabeça ela servirá apenas de treinamento, no seu interior você quer dar o melhor de si e buscar a vitória. Ninguém entra para não dar o máximo e isto aumenta os riscos de lesões. Quero chegar em 2018 com 100% bem fisicamente. O excesso de competição foi justamente a causa das minhas lesões.

Mantiqueira - E quais os principais objetivos para 2018?
Tiago Loiola - Vou disputar eventos importantes, como a BR 135 em janeiro e o Desafio dos 300, que percorre a Estrada Real, em março. Na BR a meta não é vencer e sim concluir duas provas.  A primeira vou largar sozinho, saindo de Paraisópolis uns três dias antes e chegando em São João para descansar um ou dois dias e largar junto com os demais competidores e chegar em Paraisópolis. Já no Desafio dos 300 vou para tentar vencer.

Mantiqueira - Competir em alto nível exige apoio. Como anda esta parte?
Tiago Loiola - Sempre estamos precisando, principalmente em provas longas, como é o meu caso, o apoio é muito importante. Às vezes ficamos de fora de competições justamente por isto. Cito como exemplo a BR, onde você precisa de uma equipe para acompanhar e apoiar. É necessário uma pessoa para dirigir e outra para dar suporte na parte noturna, período em que os regulamentos não permitem que você corra sozinho. Então, é preciso um carro, que geralmente é alugado, tem alimentação, hospedagem, entre outras coisas, que acabam deixando os custos altos. Hoje conto com apoio da Fisionutre, Bio Health Academia, Original Esportes, uma loja de roupas que ajuda bastante, porém a parte financeira estou sem e é justamente aí a maior dificuldade. A inscrição para o Desafio dos 300 custa R$ 700, além do apoio. Já os gastos para a BR giram em torno de 2.500, ou seja, um custo de quase cinco mil reais para as duas provas. Estou correndo atrás, já que acredito que em Poços de Caldas é difícil um atleta fazer duas competições com estas distâncias em tão pouco tempo. Temos atletas importantes, como o Ligeirinho, o Rafael Matos o Valtinho, mas dobrar a BR 135 com 434 quilômetros em pouco tempo, depois fazer o Desafio dos 300 acredito que só eu. É muita distância para um curto período de tempo e acredito que nunca ninguém fez isto. Serei o pioneiro nesta loucura.

Mantiqueira - Como faz para dar o apoio que o Tiago Loiola precisa?
Tiago Loiola - Pode entrar nas minhas redes sociais. No instagram o endereço é @tiagoloiola, no Facebook é só procurar Tiago Loiola (https://www.facebook.com/search/top/?q=tiago%20loiola) pode me achar ainda no whatsapp (+55 35 9121-4037). Estou aberto a qualquer ajuda e quem quiser me dar este apoio será muito bem recebido, pois quero estar bem nestas provas e representar nossa cidade com muita dignidade. Quando a gente consegue um apoio para focar nos treinos e nas competições os resultados aparecem com mais facilidade. É frustrante você treinar para uma competição e chegar na hora você não conseguir ir por falta de apoio. Faz dois anos que não participo de um Iroman por conta disso. Faço os treinos, dou duro, mas na hora falta aquele apoio e não dá para ir. Se Deus quiser vou conseguir agora este apoio e me preparar bem para estas competições.

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