terça-feira, 5 de maio de 2015

Léo Condé define seu futuro nesta semana

Mantiqueira - A campanha da Caldense surpreendeu também o treinador da Caldense?
Léo Condé - Com certeza. Nossa campanha foi muito além da expectativa. Claro que formamos um time forte e isto ficou claro na pré-temporada, mas era para brigar com as demais equipes do interior para uma vaga na série D e semifinal do Mineiro.  Estas eram as metas. Com o andamento da competição passamos a ter mais confiança. Quando ficou definido que nosso adversário nas semifinais seria o Tombense começamos a ter esperança de ir além e brigar pelo título. No início, uma final de campeonato era apenas um sonho, porém, este sonho que acabou se tornando realidade.

Mantiqueira - Você colocou grande parte de seus jogadores em campo e todos corresponderam bem. Como foram realizadas estas escolhas durante as partidas?
Léo Condé - O treinador tem obrigação de conhecer o elenco que tem em mãos. Eu tinha um conhecimento dos meus atletas e o que ele poderiam realizar numa partida. Claro se não tivessem condições não estariam no meu elenco. Nossos jogadores são de qualidade e as avaliações eram realizadas no dia a dia e de acordo com o jogo que teríamos pela frente. A nossa comissão técnica ajudou muito, tanto o Renato, quanto o Henrique foram fundamentais neste trabalho.

Mantiqueira - Poços te acolheu muito bem. Como foi esta relação com a cidade e a torcida da Caldense?
Léo Condé - Nos últimos dias fiquei mais em casa, sai menos porque realmente o assédio me emocionou. Houve uma grande mobilização da cidade em torno da equipe e eu, como treinador, virei o foco disto tudo. Gostei muito da cidade, do clube. Minha esposa até já disse que se um dia tiver que mudar de Juiz de Fora a cidade escolhida será Poços de Caldas. O futuro a Deus pertence e ainda não sei o que vai acontecer daqui pra frente, mas com certeza aqui é o lugar que guardo com  muito carinho, tanto para trabalhar quanto para morar.

Mantiqueira - como foi sua relação com a família neste período comandando a Caldense?
Léo Condé - O futebol é muito complicado neste sentido. Treinador é um como se fosse cigano e a cada momento podemos estar em lugares diferentes. Minha base é em Juiz de Fora, mas minha família sempre que possível vinha a Poços de Caldas e passavam alguns dias, principalmente em datas especiais.  Eles estiveram em alguns jogos, minha filha Mariana é pé quente e sempre que esteve no estádio nosso time venceu. A parte ruim do futebol é ficar longe deles., mas em Poços eles sempre estiveram presentes.

Mantiqueira - E a Caldense. É família para você?
Léo Condé - Certamente que sim. Fico mais tempo com os jogadores e comissão técnica do que minha própria família. Criamos uma boa relação e o Renatinho tem um lado muito hospitaleiro, me ajudou muito neste sentido. Tem o Henrique que é meu parceiro de longa data, já o Caldiron conheci no ano passado e temos uma ótima relação, além de um vínculo que se criou com o Franco e o Alex, hoje grande amigos. O contato com os atletas também é muito grande e nossos jogadores se fecharam de uma tal forma que todos se respeitam. Quando eles vinham para os treinos e para os jogos as diferenças ficavam de lado e por isto a campanha da Caldense foi tão vitoriosa.

Mantiqueira  -  E agora? como fica o futuro de Léo Condé?
Léo Condé - Recebi muitas sondagens durante o Campeonato Mineiro mas não abri negociação com ninguém, até porque estava com a cabeça totalmente voltada para o trabalho na Caldense. Agora vamos conversar, saber quais as pretensões da Caldense  e depois decidir. Naturalmente vivo do futebol, sou profissional e, sem desmerecer a Caldense que me ajudou muito e clube pelo qual tenho uma gratidão muito grande, mas pode ser que apareça alguma coisa muito interessante. A vida é feita de oportunidades, mas tudo tem que ser pensado com calma. Preciso respirar primeiro, ter respeito pela direção da Caldense e vamos ver o que é melhor para mim e para o clube.

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