Lá se foram quatro rodadas e a previsão de que a tabela iria ser um grande adversário para a Caldense se fez real. O time, nos quatro jogos iniciais, somou apenas dois pontos e está na zona de rebaixamento. O campeonato precisa começar de vez para a equipe de Poços de Caldas, que agora trocou de comandante. Mas a culpa da Caldense estar nesta colocação não deve ser jogada apenas na tabela. O time não fez seu dever de casa contra o Democrata e contra o Cruzeiro. O jogo de sábado foi dominado pela Caldense, que teve mais posse de bola, mais chances de gol, porém, faltou eficiência na hora de concluir a jogada, fatal quando se enfrenta time grande que sabe explorar os erros do adversário. O domínio da Caldense na partida diante do Cruzeiro foi um domínio falso, o time da capital parecia que sabia que a qualquer hora iria definir o confronto e assim o fez. Não foi um placar injusto. A vitória foi merecida e tem que servir de lição para os próximos jogos. Dever de casa tem que ser feito direito, pois caso contrário isso pesa no final da competição. A Caldense só tem mais três jogos em casa e se tropeçar em um deles terá muita dificuldade de sair da situação que se encontra na tabela.
A queda de Alemão deve agradar a torcida, que no sábado se irritou com várias atitudes do treinador, mas não é o único problema dos resultados da Caldense não estarem aparecendo. O time não marca gols e parece nervoso com a situação, esse quadro precisa mudar. O Campeonato Mineiro é mal elaborado, feito para os times grandes e muito curto. Resultados ruins logo no começo não dão margem de recuperação. Campeonato de pontos corridos deveria ser em dois turnos e não do jeito que é disputado atualmente.
Zezito de casa nova
Não foi só a Caldense que trocou de treinador neste final de semana. A URT de Patos de Minas acertou ontem com Zezito, que reassume o time depois de uma boa passagem pelas divisões de base do Uberlândia. Zezito ocupa o posto que era de João Francisco e tem a missão de levar a URT de volta à elite de Minas em 2010. O time de Patos de Minas não fez um bom começo de campeonato no Módulo II, mas vê no ex-treinador da Caldense a chance de uma arrancada.
Casa cheia
A volta de um time grande a Poços de Caldas fez o Ronaldão reviver grandes momentos de sua história. O estádio estava lotado e colorido. A torcida da Caldense fez sua parte e incentivou o time durante todo o primeiro tempo e até certa altura da segunda etapa. A torcida do Cruzeiro veio em grande número e, muito civilizada, não entrou em momento algum em atrito com a torcida de Poços de Caldas. Um belo espetáculo que deveria servir de exemplo para torcidas de outros times que pregam brigas e agressões aos rivais.
Divulgação
A Caldense provou, sábado, que é um dos veículos de divulgação mais eficientes de Poços de Caldas. A quantidade de citações da cidade na grande mídia do Brasil foi impressionante. Sites, canais de TV, pagos ou abertos, jornais, rádios, todos citavam a Caldense e Poços de Caldas de alguma maneira. Isto só prova que se o time tivesse mais apoio de empresas para manter seu futebol o ano inteiro seria uma boa maneira de incentivar o turismo. Foi difícil um local para se trabalhar no Ronaldão e a Secretaria de Esportes teve que improvisar uma área para a imprensa no meio da torcida. Com apoio das empresas e a prefeitura fazendo melhorias no estádio, a Caldense teria condições de se manter melhor, teríamos jogos o ano todo na cidade e o futebol local seria mais valorizado e forte.
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