Poços de Caldas, MG - O preparador físico Luiz Carlos Caldiron respondeu algumas críticas sobre a queda de rendimento do time da Caldense no segundo tempo da partida diante do Boa Esporte. Segundo ele o time vem correspondendo plenamente dentro do que está sendo proposto nos treinamentos e joga de acordo com o esquema tático do treinador Tarcísio Pugliese, que prioriza a forte marcação de todos os jogadores. Caldiron admite que se o time demora para marcar o gol, o desgaste aumenta e as chances dos jogadores se cansarem fica evidente. “A Caldense joga num esquema tático diferente do tradicional que estamos acostumados a ver. Nossa defesa começa no ataque, ou seja, todos neste time são marcadores, nossos atacantes estão sempre atrás da linha da bola. Este esquema realmente desgasta muito, não vou negar, tanto que os atletas que chegaram recentemente demonstram sinais de cansaço rapidamente. Não é um esquema de fácil adaptação. Se no decorrer da partida as chances de gols aparecerem elas precisam ser aproveitadas para dar mais tranquilidade ao time, que assim pode diminuir o ritmo. Neste estilo de jogo é impossível manter o mesmo desempenho do primeiro para o segundo tempo. Infelizmente no domingo não conseguimos fazer o gol e o Boa Esporte, que tem uma boa qualidade, tocou bastante a bola e com isto nosso time se desgastou”, disse Caldiron. O preparador físico ressalta que o esquema de jogo da Caldense gera uma intensidade física de todo o time, diferente do que as outras equipes fazem onde os meias e atacantes desempenham uma marcação mais simples.
“É um futebol moderno que tem tudo para funcionar, desde que o gol não demore a sair como vem acontecendo com nosso time”, disse.
A explicação de Caldiron deixa claro porque a Caldense vem atuando melhor quando joga longe de Poços de Caldas. Os melhores jogos do time foram contra Tupi em Juiz de Fora, América e Cruzeiro em Belo Horizonte e Villa Nova em Nova Lima. “Nosso desempenho fora de casa sempre é melhor do que as partidas em Poços e isto infelizmente a imprensa não tem observado. Fizemos jogos em que o desempenho técnico e principalmente físico foram muito elogiados pelo seguinte fato. Jogando fora as principais ações ofensivas são do time adversário, nós jogamos mais fechados e exploramos os contra-ataques, com isso o desgaste físico é menor. Quando jogamos em casa tem que ser nossa as principais ações ofensivas, pois é nossa obrigação fazer os gols e ganhar os jogos, mesmo assim mantemos o mesmo esquema de marcar com todos, quando não sai o gol e times como Tombense e o Boa jogam mais defensivamente fazendo nosso time atacar e voltar para defender causando um desgaste físico maior. Se nas chances de gols tivéssemos êxito, com certeza nosso desgaste físico e psicologicamente seria menor. Posso afirmar com toda a certeza que principalmente para os homens de ataque fica muito difícil manter o mesmo ritmo até o final do jogo”, finalizou o preparador físico da Veterana.
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