Sexto melhor do mundo
O resultado na prova internacional 48 Horas Uruguai Natural coloca Adilson Ligeirinho como o sexto colocado no ranking mundial de ultramaratonas. A meta do atleta é terminar o ano entre os top 5 e ele planeja disputar pelo menos mais duas competições deste nível. Ano passado, Ligeirinho era o 12º e 2017 vem sendo inesquecível para o atleta. Este ano Ligeirinho deverá disputar as 48 Horas de Passa Quatro e mais uma corrida internacional.
Saúde
O primeiro obstáculo enfrentado por Ligeirinho foi a saúde. O atleta já deixou o Brasil com muita dor de garganta e o clima uruguaio aumentou o problema. “Estava com a garganta muito inflamada, mas fui determinado e este problema não seria empecilho e nem desculpa para um resultado ruim. Por isto dei o melhor de mim para buscar representar bem minha cidade e o Brasil”, conta Ligeirinho.
Hostilidade
O atleta relata atitudes impensadas por parte de torcedores e membros das equipes dos atletas estrangeiros, principalmente do atleta da casa, campeão no ano passado. “Levei chutes no tornozelo, empurrões e até humilhações com palavrões, entre outras coisas”, conta Ligeirinho. “Quando eu estava atrás do atleta uruguaio não estava tendo problemas. Ele estava 48 voltas nas minha frente. Fui tirando a vantagem dele volta a volta, passei e abri distância. Foi aí que meus problemas começaram”, conta o atleta, que mesmo com estes contratempos não se abalou e manteve o foco. Como o primeiro colocado estava muito à frente, Ligeirinho passou a administrar a segunda colocação, resultado que manteve até o final.
Tempo real
Para facilitar a divulgação do que vinha acontecendo na prova internacional foi criado um grupo de WhatsApp que mantinha os seus integrantes informados o tempo todo. Foi possível saber como estava o desempenho do atleta, como estava o clima e o resultado final, tudo em tempo real. “Agradeço todos que acompanharam esta minha grande jornada. Foi muito importante a torcida de todos vocês. O carinho que recebi é indescritível e neste momento a gente vê o quanto é querido pelas pessoas. Estou muito feliz e muito agradecido a todos vocês”, disse Ligeirinho.
Cartão amarelo
Outra desvantagem em relação aos outros competidores foi o fato de não poder correr com um pacer - atleta que impõe o ritmo. Ligeirinho recebeu um cartão amarelo por usar um pacer e tece que competir a prova sozinho. O detalhe é que os outros competidores tinham o pacer e não receberam a mesma advertência. “Tentaram quebrar o meu psicológico o tempo todo, mas não conseguiram”, disse. “Valeu a pena a experiência, reapresentei uma nação com honra e determinação. Aqui em meu país sempre tratei todos os outros atletas muito bem, sempre pedi para a minha equipe não deixar faltar nada a ninguém, nem alimentação, remédio, médico nada e tudo que recebi foi o contrário. Tudo bem, superei dificuldade lutei contra tudo e todos. “Foi a competição mais injusta de minha vida, mas venci. Obrigado a todos”, disse o atleta
Para competir no Uruguai Ligeirinho contou com o trabalho do preparador Lucas Fernandes, seu treinador, e Dr. Mário, do Centro Otorrino. “Tenho uma equipe muito grande e quero representar muito bem o Brasil e nossa cidade porque um resultado bom lá fora é muito importante”, finaliza Ligeirinho, que tem apoio do Centro Otorrino e Hotel Monreale, entre outros parceiros. “Agradeço imensamente ao Dr. Mário que esteve o tempo todo conosco, o Lucas Fernandes, meu preparador físico, a Dra. Miriam Dias, sempre junto comigo fazendo um trabalho excelente, minha esposa Vanda de Fátima, que cuidou de tudo no Uruguai e o Hotel Monreale que hoje é minha segunda casa, local onde meus treinamentos acontecem, musculação, enfim, apoio total e sou muito grato”, finalizou Ligeirinho.
Serviço
19 e 20 e 21 de maio de 2017
“48 Horas Uruguai Natural”
48-24-12 e 6 horas
pista oficial de Darwin Pineyrua
Montevidéu -
Uruguai
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