sábado, 11 de julho de 2015

Jogo histórico marca retorno da Caldense ao cenário nacional

Poços de Caldas, MG - Se o ano de 2015 já tinha sido histórico para o futebol profissional da Caldense com a conquista do vice-campeonato mineiro, a diretoria resolveu atender um velho pedido da torcida, e da imprensa local, e começa a escrever hoje mais uma página importante para o clube, que completa 90 anos nesta temporada. Tem início hoje para a Caldense um segundo semestre que não existia há incontáveis anos. O torcedor agradece. O jogo diante do Rio Branco do Espírito Santo, que será disputado daqui a pouco no Ronaldão, marca uma nova era para o clube, que volta a disputar uma competição nacional após longos anos ausente. A expectativa é grande e a diretoria espera casa cheia. “Sempre fomos muitos cobrados, as vezes até de forma muito dura pela própria imprensa e a torcida por não disputarmos o segundo semestre. Não é fácil colocar o time em campo devido ao alto custo e a falta de apoio da cidade. Mesmo sendo vice-campeões de Minas Gerais não tivemos a ajuda que precisávamos e esperávamos. Mesmo assim vamos colocar o time em campo depois de muitos anos sem um segundo semestre e, esperamos o apoio pelo menos de nossos torcedores. As cobranças vieram duras, mas  agora o torcedor terá futebol o ano todo em Poços, então nada mais justo que ele comparecer ao estádio e nos ajudar a conseguir a classificação para a Série C do Brasileiro”, disse o vice-presidente Franco Martins.

Brasileiro de 1979

Em 1979 o time de Poços de Caldas disputou a elite nacional num campeonato com recorde de clubes participantes e bem desorganizado, sendo um dos mais criticados da história dos campeonatos nacionais. Foi o último campeonato organizado pela CBD (Confederação Brasileira de Desportos), que, por determinação da FIFA, uma semana após o início do certame desmembrou-se em CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e outras entidades, dedicadas aos demais esportes. Neste ano, o maior inchaço de clubes promovido pela política militar transformou o campeonato em uma única divisão contando com 94 clubes. Na oportunidade o resultado mais expressivo da equipe de Poços de Caldas foi um empate com o Internacional de Porto Alegre em Poços de Caldas pelo placar de 1x1. O time de Porto Alegre foi campeão naquele ano de forma invicta, feito nunca igualado no futebol brasileiro. Naquele ano a Caldense disputou 16 jogos pelo Brasileirão, venceu sete, empatou três e perdeu seis. O time de Poços ainda teve adversários como Atlético Paranaense, Inter de Limeira, Criciúma, Brasil de Pelotas, entre outros, e a campanha foi considerada muito boa pela mídia especializada da época.

 Degraua degrau

O Campeonato Brasileiro da Série D é o primeiro degrau para o time crescer no cenário nacional. O caminho é longo e nada fácil. O grupo da Caldense tem o Rio Branco, campeão Capixaba, Aparecidense, vice-campeão goiano, além de Operário do Mato Grosso e Comercial do Mato Grosso do Sul. A competição é forte por reunir equipes campeãs ou vice em seus estados. As viagens também são longas, mas neste caso com apoio da CBF a situação fica um pouco mais fácil. Todas as viagens são bancadas pela entidade que custeia passagens aéreas e terrestre para a delegação participante.

 Regulamento

São oito grupos de cinco clubes cada, que se enfrentam em jogos de ida e volta na primeira fase. Os dois melhores de cada chave avançam para as oitavas de final.
Os confrontos das oitavas serão definidos com o mesmo critério utilizado na Libertadores: o melhor primeiro colocado encara o pior segundo colocado, e assim por diante. Os quatro semifinalistas garantem vaga na Série C.
Os dois jogos das finais serão nos dias 8 e 15 de novembro.

Salário atrasado, pontos perdidos

Assim como nas três divisões superiores, o regulamento da Série D também prevê o fair play trabalhista. Com a medida, os clubes que atrasarem salários de seus jogadores poderão perder pontos, desde que denunciados pelos atletas prejudicados. As denúncias podem ser feitas a partir de 30 dias de atraso.

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