terça-feira, 19 de abril de 2011

JOGADOR CARO NÃO RESOLVE

O fraco desempenho dos atacantes da Caldense no Campeonato Mineiro, principalmente Fernando Gaúcho, que veio com status de ídolo, serviu pelo menos como lição a ser aprendida pelos dirigentes do clube. Jogador caro não resolve o problema. O time poderia ter tido desempenho melhor com atletas bem mais baratos. Talvez estes jogadores com um custo bem menor vestissem com mais amor a camisa da Veterana. Fernando Gaúcho foi uma decepção completa. O jogador não teve uma boa atuação sequer, marcou apenas um gol, de pênalti, e nem de longe fez jus à camisa que recebeu da diretoria como parte das comemorações dos 85 anos de aniversário do time na competição. Mas não foi só Gaúcho que não agradou. Lúcio Bala não foi nem esboço do jogador que brilhou no Flamengo do Rio. Vestiu pouco a camisa da Veterana. Mirandinha veio, abandonou o time e ainda conseguiu uma rescisão de contrato para acertar com outro time. Deveria ter sido punido pelo ato de indisciplina.
Apesar de montado com antecedência, o elenco da Caldense este ano acabou sendo um fiasco. Jogadores como Ivo, por exemplo, não renderam o que deles se esperava. Neto Potiguar prometia, mas teve pouca chance no time. A nova diretoria da Caldense se mostrou esforçada e deve usar a campanha deste ano para corrigir falhas e montar o time que a torcida e a imprensa esperam. Os destaques são os de sempre. Luisinho, pequeno em estatura, foi um gigante em campo, Maxsuel demonstrou que sabe vestir como poucos a camisa da Caldense. Rodrigo Dias fez boas partidas, pena que chegou tarde. Rafael Dias também não se comprometeu. Xandinho não pode ficar fora do time. Chimba foi a grata surpresa. Bom jogador, ele mostrou que deve continuar no time pois será bastante útil. O único jogador que eu sinceramente não sei avaliar é Glaysson. O goleiro da Caldense alternou grandes jogos, grandes defesas, com partidas fraquíssimas e gols ridículos. Um exemplo de ótima atuação foi contra o Cruzeiro em Sete Lagoas, onde evitou uma goleada maior do melhor time do Brasil em cima da Caldense. Exemplos de gols ridículos não faltam, como o primeiro do América de BH em Poços de Caldas, quando mandou a bola para dentro do gol, o frango que levou em Governador Valadares e o primeiro gol contra o Atlético Mineiro, quando bateu roupa e entregou a bola para o atacante do Galo. Um grande goleiro sem dúvidas, mas que fez um campeonato muito irregular. Por fim, os treinadores. Catanoce pelo visto foi o grande responsável pelo fraco desempenho da Caldense no campeonato, afinal ele montou o time ainda em 2010. Quando a competição começou, ele parecia não ter controle sobre a equipe. Roberto Fonseca veio e pelo menos conseguiu tirar o time do rebaixamento. Mas os dois técnicos tiveram algo em comum. Sempre que davam entrevistas, se mostravam satisfeitos com pouco. Catanoce sempre dizia que o time havia jogado bem e que o resultado era fruto de infelicidade e que a bola teimava em não entrar. Já Roberto Fonseca se conformava pelo fato de ter livrado o time do rebaixamento. Não pode. O treinador tem que demonstrar mais ambição. A Caldense não pode viver de técnicos que chegam aqui e querem apenas livrar o time da segunda divisão. O treinador precisa cobrar vitórias e ficar insatisfeito com um resultado negativo. Não dá mais para aceitar tanto conformismo.
Futebol Amador - No último sábado, ao chegar ao Bandolão para fazer imagens de uma partida do futebol mirim, fui abordado por um jogador do time de master da ADC Alcoa, que criticou a matéria que fiz na ocasião da abertura do campeonato.
No texto, destaquei que a abertura do campeonato foi marcada por pancadaria no campo do Santa Rosária, no jogo entre ADC Alcoa e União Zona Sul. Segundo o jogador, nada de anormal aconteceu naquela partida e a matéria que escrevi foi mentirosa. Só quero esclarecer que eu estava naquele jogo e vi a confusão. E, mesmo que não estivesse, tudo foi bem relatado pelo trio de arbitragem, que não tinha porque de inventar o ocorrido. Tanto é que hoje a LPF julga sete jogadores daquele jogo exatamente pela confusão.

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