Poços de Caldas, MG - O Mantiqueira conversou na tarde de ontem com o técnico Tarcísio Pugliese sobre o início de campeonato da Caldense. O time de Poços de Caldas fez três partidas e até o momento soma dois empates e uma derrota. O treinador admite que a pressão por uma vitória contra o Araxá no próximo sábado aumentou e o resultado passa a ser fundamental para os planos do time no Campeonato Mineiro. Tarcísio lamentou ainda o fato de não poder treinar no Ronaldão na hora da partida contra o Araxá. O jogo acontecerá às 19h30 e o time vem treinando nos períodos da manhã e tarde.
Mantiqueira - Passadas três rodadas, como você vê a situação da Caldense?
Tarcísio Pugliese. Apesar de não termos vencido ainda no campeonato o time fez três bons jogos. Foram situações diferentes, momentos diferentes, e nos portamos de forma muito boa. Contra o Guarani fizemos um bom jogo, mas a vitória não veio. O resultado no meu modo de ver foi muito injusto. Mandamos no jogo, principalmente no primeiro tempo, mas futebol tem destas coisas. Contra o Tupi fizemos novamente um bom jogo e conseguimos um difícil empate em Juiz de Fora. O Tupi derrotou o Boa em Varginha, resultado que valorizou ainda mais nosso desempenho em Juiz de Fora. Contra o América não começamos bem. Os primeiros 30 minutos foram muito ruins, depois equilibramos a partida e no segundo tempo tomamos conta do jogo. Vale lembrar que o América tem um potencial financeiro completamente diferente da Caldense, um calendário igualmente diferente do nosso, é um time que tem uma estrutura melhor, mesmo assim jogamos de igual para igual e poderíamos ter vencido. Fomos a Belo Horizonte com o intuito de vencer a partida e nossos atletas brigaram muito por isto. Criamos muitas chances, tivemos possibilidades de uma melhor sorte, infelizmente os gols não saíram. Agora contra o Araxá não podemos errar. Os três pontos são necessários em qualquer situação. Confio no nosso time, nossos atletas estão treinando com muita vontade e neste sábado vamos buscar esta vitória com toda a vontade e determinação possível.
Mantiqueira - Falando ainda da partida contra o América, o que aconteceu para o time ter uma postura complemente diferente no segundo tempo?
Pugliese - Difícil de se entender o que de fato aconteceu nos 30 minutos iniciais. Acredito que faltou mais concentração pois sabíamos claramente como o América iria jogar. Nada que o time da capital fez no início nos surpreendeu. Na situação do gol, o Wanderson foi muito feliz na sua finalização. Era uma jogada que a gente sabia que ele faria e alertamos a zaga durante toda a semana. Tomamos o gol porque erramos muito. Diante de um time grande o cuidado tem que ser muito maior. Se você erra durante por um segundo acaba pagando caro. Abusamos do direito de errar. No segundo tempo o América também errou, porém, não soubemos aproveitar as chances e isto fez diferença no resultado final.
Mantiqueira - Como você vê pressão da torcida e da imprensa em prol da escalação de alguns jogadores?
Pugliese - Recebo com naturalidade. Luizinho, Maxsuel, Waldery, Maradona, Glaysson, são atletas com muita identificação com o time da Caldense. Eles passaram um bom tempo aqui e com suas qualidades conquistaram a torcida. Cada um deles vive hoje um momento diferente. O Caso do Waldery, por exemplo, é complicado porque ele está sem jogar há dois anos. Ele está evoluindo a cada treinamento, mas é obvio que não está nos 100%. Ficar dois anos sem jogar pesa muito para qualquer jogador, por isto precisamos ter paciência com ele. O Luizinho entrou muito bem nos dois jogos que participou. Contra o Tupi ele não foi convocado porque estava entregue ao departamento médico. O Maxsuel é outro que vem muito bem, atuou demais contra o Tupi. São atletas que estão nos ajudando e contamos com todos no elenco.Além da confiança dos torcedores, estes atletas também contam com nosso apoio.
Mantiqueira - A Caldense vai enfrentar o Araxá novamente num sábado a noite. O fato de não treinar neste horário prejudica o desempenho da equipe?
Pugliese - É uma situação complicada pois não treinar no horário da partida atrapalha muito. São condições diferentes de clima, atrapalha a alimentação, a programação muda, mas temos que nos adaptar. Conversamos sobre a possibilidade de treinar no Ronaldão no horário do jogo, mas me parece que existem alguns problemas para se conseguir este horário. Não treinar na mesma hora do jogo foge do ideal e a situação é muito ruim. Até hoje fizemos apenas um trabalho noturno que foi justamente o jogo contra o Guarani. Realizamos aquela partida sem nos adaptarmos ao horário e agora contra o Araxá a situação se repetirá.
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