A exclusão de Poços de Caldas como subsede da Copa do Mundo de 2014 continua repercutindo negativamente na cidade. A reportagem conversou com o prefeito Paulo César Silva sobre o assunto durante a abertura dos Jabs, semana passada. O prefeito demonstrou uma desconfiança muito grande com relação à exclusão de Poços de Caldas.
"Não conseguimos definir os critérios que eles usaram. Não fomos chamados para conversar, não houve vistoria aqui, mesmo Poços de Caldas tendo sido uma das primeiras cidades a se inscrever. A lista com as cidades selecionadas foi uma surpresa muito grande para nós. As cidades foram divulgadas sem conhecimento até mesmo da Secretaria de Estado, enfim, foi um atropelamento da Fifa", disse o prefeito, que falou que acredita em interesses extras envolvidos nesta definição das subsedes. "Existem cidades pré-selecionadas que a gente não consegue entender o porquê. Alegar que Poços ficou de fora por conta dos hotéis e do aeroporto não se justifica. Nosso aeroporto é o único no sul de Minas que tem serviços da Infraero, instrução de voo, além de uma série de outros serviços. Claro que se pudermos aumentar a pista, vamos trabalhar neste sentido, até porque o governo tem um compromisso conosco para melhorias no local. Dizer que nossos hotéis não estão aptos não dá para aceitar e não acreditamos nisto. Vamos continuar trabalhando e Poços de Caldas não está descartada", concluiu. Ele acha que o peso de decisão final cabe às próprias seleções que virão ao Brasil e, por esta razão, acredita que uma negociação direta entre a cidade e as equipes pode recolocar Poços no Mundial. O comitê municipal, que tem como presidente o empresário Laércio Martins e como vice Antonio Bento Gonçalves, decidiu dar continuidade ao trabalho de forma direta, encaminhando material que mostra o potencial da cidade, bem como fazendo contatos com empresas sediadas no município que possuem ligações com outros países, caso da Alcoa (Estados Unidos), Ferrero (Itália) e Danone (França).
A princípio excluída da Copa do Mundo, Poços tem como certa a presença de atletas durante os treinamentos para as Olimpíadas do Rio, em 2016. O prefeito disse que o foco a partir de agora passa a ser este. "Estive no Rio de Janeiro e pude ver a organização das Olimpíadas, que acontece dois anos após a Copa do Mundo. É um evento muito grande, cerca de 80 vezes maior que uma Copa do Mundo, por agregar 215 países. Vejo também uma competição mais organizada no aspecto de definições e orientações, o que não houve, por exemplo, nos critérios para a Copa do Mundo", finaliza Paulo Cesar.
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