Poços de Caldas, MG – O árbitro de futebol Carlos Alberto da Silva, o Carlinhos, vem se destacando em diversas competições pela região e até mesmo em algumas partidas do futebol profissional. Carlinhos tem atuado em partidas em São João da Boa Vista, Aguaí e Mococa, onde tem apoio de Cleber Abade, árbitro que integrou o quadro da CBF. Em Poços de Caldas recentemente ele apitou a final da Copa Danone. Na cidade também está atuando na Copa Sesc de Futsal Adulto. “Foi uma honra novamente apitar uma edição de Copa Danone. É o terceiro ano que estou neste evento e isto mostra que estou qualificado para uma competição de nível internacional como esta”, disse Carlinhos. No segundo semestre ele vai apitar o Campeonato Metropolitano de Futsal, com jogos acontecendo nas cidades de Americana e Casa Branca.
Carlinhos atualmente aproveita árbitros descartados pela Liga Poços-caldense de Futebol para montar sua equipe. “Fazemos uma reciclagem com estes árbitros e atuamos em campeonato de empresas de Poços de Caldas”, disse ele. Hoje a equipe de Carlinhos conta aproximadamente com 10 pessoas. Nome respeitado no interior de São Paulo, onde atua como árbitro reserva no Campeonato Paulista da Série B e também na Série C. Este ano ele atuou nos bastidores da vitória do Mogi Mirim sobre o Santos por 3x0 pelo Paulistão da Série A.
Sobre trabalhar nos campeonatos amadores de Poços de Caldas, Carlinhos não vê nenhuma possibilidade no momento. Ele critica a atual administração da LPF e diz que apenas com mudanças radicais pode pensar em atuar pelos campeonatos locais. “Aqui em Poços de Caldas é muito difícil. No meu ponto de vista a Liga Poços-caldense de Futebol não tem uma seriedade, principalmente na questão de pagamentos das taxas de arbitragem. Muitos árbitros que trabalham em Poços de Caldas não recebem, ou se recebem, isto acontece cinco ou seis meses depois de trabalharem. Assim pra mim não serve. Não é de minha filosofia de vida trabalhar de graça, por isto não atuo por esta entidade”, disse Carlinhos. Este ano a Liga passará por eleições e Carlinhos disse que não pensa em se candidatar ao cargo de presidente da entidade. “Tenho a vontade de fazer um intercâmbio com árbitros paulistas. Eles viriam para Poços de Caldas apitar nossos campeonatos e nossos árbitros iram apitar jogos em outras cidades. A gente pagaria uma boa taxa, bem melhor que a que é paga hoje, e acredito que assim teríamos um trabalho de qualidade. Com as taxas que se paga hoje em dia na cidade, é praticamente impossível se apitar jogo por aqui”, critica Carlinhos.
O Mantiqueira não conseguiu conversar com o presidente da LPF ontem para responder ao árbitro Carlos Alberto da Silva. A reportagem, no entanto conversou com o secretário de esportes, Carlos Alberto dos Santos, que disse desconhecer qualquer problema de pagamentos da LPF. “A Liga paga tudo corretamente para seus árbitros. Às vezes algumas competições disputadas em cidades da região ficam atrasadas, mas os campeonatos de Poços de Caldas são pagos normalmente disse Lelo.
Verba
O secretário deu explicações sobre o repasse de verba para a Liga Poços-caldense de Futebol tocar seus campeonatos. A entidade recebe anualmente uma subvenção no valor de R$ 50 mil. “Além dos campeonato oficiais da entidade, este dinheiro tem que cobrir todos os gastos durante o ano. Nenhum clube da cidade pode pagar arbitragem em Poços de Caldas, apenas a LPF através da verba que lhe é repassada para esta finalidade pode fazer isto”, disse Lelo. “Além dos gastos com o futebol a verba de R$ 50 mil é destinada para pagamento de água, luz, materiais internos, mão de obra, entre outros”, completou Lelo.
Outra verba que a LPF recebe da Prefeitura é para a manutenção do projeto Viva o Esporte. Este dinheiro, na casa dos R$ 200 mil, não tem nada a ver com futebol amador e apenas é administrado pela entidade que é encarregada em fazer os pagamentos de professores do projeto. O valor é dividido em parcelas mensais de aproximadamente R$ 20 mil.
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