Ademir Fonseca - Não dependemos mais só da gente, porém, nossos adversários terão compromissos difíceis também. Nosso foco agora é continuar fazendo o dever de casa e esperar um tropeço do Tupi. O Democrata estava na UTI e foi ressuscitado. Agora eles jogam todas suas fichas contra o Tupi dentro de casa e devem dificultar muito as coisas para o time de Juiz de Fora. Esta é a nossa esperança.
Mantiqueira - Valeu a pena esperar o Max?
Ademir Fonseca - O Max é o artilheiro do time, um jogador de muita voluntariedade, muito forte e que as vezes abusa desta força. Conversei muito com ele e acredito que ele vai mudar seu comportamento dentro de campo. O Max não é violento e será muito importante nesta reta final de campeonato.
Mantiqueira - O time está definido?
Ademir - Vou entrar na zaga com o Plínio, que tem treinado muito bem. Vou dar uma oportunidade ainda para o Fernando, um garoto que estávamos preparando há muito tempo. Chegou a sua hora e espero que ele possa realmente dar o seu melhor e aproveitar bem esta oportunidade.
Mantiqueira - Você continua no comando do time em caso de classificação para a série D do Brasileiro?
Ademir - Este projeto da série D é meu. Se hoje todos falam neste campeonato nacional, a conversa surgiu através de minha opinião. Na época fui bastante criticado, diziam que planejamento era a palavra do momento. Disputar uma competição nacional vai dar condições da Caldense revelar atletas, jogar o ano todo, ter mais intimidade com seu torcedor. Estamos caminhando para a realização deste planejamento. Estamos próximos da Série D, mas eu ainda não fui procurado pela direção, não fui indagado sobre minha permanência no clube. No momento estou focado nesta reta final do Campeonato Mineiro e se acontecer de houver interesse da direção na continuidade do meu trabalho a gente conversa e vamos ver como fica. Na verdade, minha vontade maior era de classificar para o quadrangular final do Mineiro. Isto mudaria nossa história profissional, nos daria oportunidades maiores em termos de projeção.
Mantiqueira - Suas palestras são bem demoradas. O que você procura passar neste momento para o jogador?
Ademir - Abordamos muita coisa. Tem o aspecto emocional, físico, técnico, os adversários, nosso momento. O período que estivemos aqui foi muito bom, sem turbulências, um campeonato bem tranquilo, sem nenhum tipo de tumulto. O grupo se fechou e nesta reta final temos que ressaltar isto a todo momento para o grupo.
Mantiqueira - Os empates fora de casa decepcionaram você?
Ademir - Ninguém fica satisfeito com pouco. Eu sabia que dos jogos que teríamos fora, o mais difícil seria contra o Democrata. A gente sabia que uma hora ou outra eles venceriam alguém e quase este alguém fomos nós. Em Valadares não tínhamos condições de vencê-los. O empate foi um resultado importante. Agora, contra Uberaba e Guarani, poderíamos ter vencido. Estes jogos foram o divisor de águas. Se não estamos em condições melhores foi porque não vencemos um jogo fora de Poços de Caldas. Criamos, tivemos a chances, mas não conseguimos vencer. Se nos classificarmos, aqueles pontos não fizeram falta, porém, se ficarmos de fora vamos lamentar estes empates sem dúvida alguma.
Mantiqueira - Que importãncai a esta proximidade de sua família no seu trabalho?
Ademir - O futebol é muito complexo, jogadores de várias regiões, culturas diferentes, religiões diferentes. Todos saem de casa a procura de um sonho. O clube é nossa casa. Temos que ter o prazer de estar aqui. O cara tem que gostar de estar aqui, por isto procuramos transformar o ambiente no mais familiar possível e o caminho. O clube tem que ser nossa segunda casa, pois assim temos prazer de estar aqui. Deixa de ser uma obrigação. E sempre estou perto dos meus familiares e isto me dá um prazer muito grande em realizar meu trabalho. Longe da família falta concentração, a saudade fala mais alto e pode interferir seriamente num projeto.
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