Caldense desativa o futebol profissional

Poços de Caldas, MG - O departamento de futebol profissional da Caldense está desativado este ano. Com derrota para o Boa, em Varginha, por 1x0 no último domingo, o time ficou sem chances de disputar o Campeonato Brasileiro da Série D. Segundo o presidente Antônio Bento Gonçalves, o time só será remontado pelo presidente que assumir seu lugar. “Não fico na Caldense depois deste mandato que acaba no final do ano.  O próximo presidente que vai cuidar de montar o time para o ano que vem. Lamento que este ano não conseguimos a classificação para o Brasileiro. Tudo que eu pude fazer para o trabalho dar certo eu fiz, infelizmente não deu nada certo neste finalzinho de competição”, disse o presidente do clube.
O treinador Ademir Fonseca e toda a comissão técnica foi dispensada, assim como os jogadores que não são do clube como Max e Éberson, completas decepções. Os atletas que são da Caldense e renovaram contrato para continuar no clube deverão ser emprestados no segundo semestre. Estes jogadores estão de férias desde ontem.
O time tem vínculo com Glaysson, Vinícius, Maxsuel, Luisinho, Jardel, Mário, Fernando, Walderi, Gustavinho, Juninho e Rodolfo.

 Corpo mole
O gerente de futebol da Caldense acredita que o time deu tudo que podia para buscar a vaga para o Campeonato Brasileiro e garante que não houve corpo mole contra o Boa em Varginha. “Confio no grupo que montamos. São jogadores capazes e entraram em campo para vencer. Infelizmente as condições do jogo não nos permitiu isto. Jogamos sem o Maxsuel e o Serginho e isto desmontou nosso time. Ainda tivemos um jogador expulso com cinco minutos do segundo tempo (Fernando) e conseguimos segurar o placar até 35 minutos, depois não foi possível”, disse Alex Joaquim. “Acho que fizemos uma boa campanha, mas nos perdemos no empate diante do Villa e na derrota em Varginha. Tudo estava se encaminhando para nossa classificação, infelizmente não deu”, completou o gerente de futebol
Sobre a participação na Taça Minas, Alex disse que é possível, mas o campeonato talvez nem seja realizado este ano já que não existe interesse dos outros times em disputar a competição.

 Treinador
Ademir Fonseca vem sendo apontado como um dos grandes vilões do time. Segundo torcedores, o treinador escalou o time erradamente em algumas partidas, deixando jogadores como Maxsuel e Luisinho no banco de reservas nos jogos diante do Democrata e Uberaba. O convívio com a imprensa também não foi dos melhores. O treinado, que dizia acertar bem as críticas não gostou dos comentários negativos do empate diante do Villa Nova e atacou duramente a imprensa na semana passada. Segundo ele seus críticos agiam como torcedores e não entendiam nada de futebol. Fonseca pecou em acreditar em jogadores como Éberson e Max. O atacante Max foi a maior decepção. Expulso em duas oportunidades ele não mostrou vontade alguma em defender as cores da Caldense e acabou não justificando o salário que tinha. “O Max é ídolo fora de Poços. No América de Natal todos gostam do seu futebol, mas aqui infelizmente ele não jogou”, disse Alex. O gerente de futebol da Caldense rebateu as críticas de que a Caldense gastou muito com o futebol este ano. “Gastamos dentro de nossas possibilidades. Este ano gastamos bem menos que no ano passado por exemplo. Ainda não fizemos um levantamento mais detalhado dos gastos, mas não foi a fortuna exagerada que estão dizendo”, finalizou o gerente de futebol.