sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Renato volta em 2016


Renato Rezende deixou ótima impressão em Londres. A queda na segunda bateria das quartas-de-final tirou as possibilidades do piloto, criado em Poços de Caldas, de seguir na disputa, mas aquele tombo não foi capaz de tirar a esperança de que em 2016, no Brasil, Renatinho volte com força total e como forte candidato a uma medalha olímpica. Se não tivesse caído ontem Renato seria nome certo nas semifinais que acontecem hoje. Agora ele tem quatro anos para se preparar, ver o que deu errado e seguir com sua rotina de treinamentos. Apenas pelo fato de disputar os jogos de Londres já colocou seu nome na história do esporte brasileiro. O pneu furado que o derrubou ontem não apaga o talento mostrado pelo jovem piloto, que a maioria dos poços-caldenses conhece muito bem.


Falta de estrutura
Renato deixou Poços de Caldas lamentando a falta de uma pista adequada para treinamentos. Faltou estrutura na cidade. Infelizmente, não foi só em Poços de Caldas que a estrutura deixou a desejar. É absurdo que no Brasil todo não exista pista em condições de oferecer aos pilotos de BMX uma boa preparação para competições importantes. Em sua preparação para Londres, Renato teve que treinar na Argentina por algumas semanas. A falta de investimento do Brasil em esporte fica muito clara nesta época de Olimpíada. Ganhar 15, 16, 20 medalhas é ridículo pelo tamanho e riqueza do país.
Se continuar com a mentalidade de hoje o Brasil corre sério risco de dar vexame em casa em 2016. A esperança é que os investimentos feitos para sediar as Olimpíadas mexam com brios dos dirigentes e assim eles passem a investir mais no esporte local, visando justamente evitar uma decepção.
Renato teve o azar de um pneu furado, mas não pode passar os próximos quatro anos tentando se desdobrar para treinar com qualidade. Potencial para ser campeão olímpico ele tem, mas sem apoio e principalmente estrutura não dá para fazer milagre.

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