domingo, 18 de dezembro de 2016

Nadson se desliga do Paraná Clube e Caldense vai cobrar sua parte. Valor pode chegar a seis milhões

PAULO VITOR DE CAMPOS
pvcampos@gmail.com

Poços de Caldas, MG - O meia Nadson, destaque da Caldense na campanha do vice-campeonato mineiro de 2015 não joga mais pelo Paraná Clube. O jogador conseguiu a rescisão de contrato na justiça devido ao atraso de salários de vários meses. Com isto a Caldense também deverá entrar na justiça, já que tem 50% dos direitos sobre o jogador. “Fomos pegos de surpresa com a notícia da saída do Nadson do Paraná. Ficamos sabendo através de um site do Paraná e nele há a informação que o jogador conseguiu o passe na justiça. Oficialmente não fomos informados de nada pelo clube, que tem 50% do passe do Nadson e segunda-feira vamos passar este caso para o departamento jurídico da Caldense para que possamos tomar todas as medidas cabíveis contra o Paraná Clube”, disse Alex Joaquim, gerente de futebol.

Entenda o caso

O  jogador não recebeu o salário de novembro e os direitos de imagem de setembro, outubro e novembro. O Tricolor também não efetuou os depósitos do FGTS de janeiro até novembro. Por fim, a parcela do décimo terceiro não foi paga.
Com base no artigo 483 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e no artigo 31 da Lei Pelé, o representante jurídico de Nadson entrou com a ação no Tribunal Regional do Trabalho semana passada. A decisão da juíza Jacqueline Aises Ribeiro Veloso, da Segunda Vara do Trabalho de Curitiba, anunciada nesta sexta-feira (16), deixa o meia livre no mercado para assinar com qualquer equipe.
Alex não falou em valores, mas o Mantiqueira apurou que se caso conseguir receber a parte que tem direito a Caldense deve levantar uma quantia próxima a seis milhões de reais.

Valores

Ação total: R$ 848.715,46, sendo  R$ 119 mil em salários, 46 mil de FGTS, R$ 52 mil de décimo-terceiro, R$ 70 mil em férias e R$ 500.645,18 de cláusula compensatória.

Chapecoense

Nadson seria emprestado para a Chapecoense, que se reestrutura depois da tragédia que tirou a vida de jogadores, comissão técnica e dirigentes. O Paraná ainda tenta fazer o jogador desistir da ação, porém o mesmo não abre mão de receber os atrasados.

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