sábado, 8 de abril de 2017

Universitários conquistam medalhas nos Jogos Internacionais de Mineração

Poços de Caldas, MG - No último mês de março, um grupo de estudantes de Engenharia de Minas da Unifal-MG participou dos Jogos Internacionais de Mineração (International Mining Games), conquistando medalhas de prata e ouro.

O evento consistiu em cinco dias de muita interação entre estudantes do mundo todo, pois além da competição em si, são realizadas visitas a minas e passeios por pontos turísticos da cidade sede e região.

O time Mining Games Unifal-MG participou pela quarta vez dos jogos, levando novamente a bandeira do Brasil e o nome da universidade e de Poços de Caldas, não apenas para o exterior, mas também para o alto do pódio, em um evento em que também participam estudantes dos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Inglaterra.

Evolução

Os resultados na classificação geral ao longo dos anos mostram a evolução da equipe dentro da competição. Na primeira participação, em 2014, em Rolla, EUA, ela ficou em 16° entre 18 equipes, Em 2015, na Austrália, entre 29 equipes, a Unifal ficou em 18°. Em 2016, novamente nos Estados Unidos, em Butte, Montana, o time conquistou sua primeira medalha nos jogos, a de bronze, na prova Surveying (topografia), conquistando o 9º lugar entre 16 equipes. A melhor participação ocorreu em 2017, há pouco mais de duas semanas, em Lexington, Kentucky, também nos Estados Unidos. Dia 24 de março foram realizadas as provas que renderam uma medalha de ouro na prova Surveying e uma de prata na prova Swede Saw (serra). O time ficou, na classificação geral, na 6ª colocação entre 12 equipes na categoria mista.
“A melhoria dos resultados mostra que o time Unifal não vai apenas para participar, vai para ganhar, fizemos um trabalho sério e treinamos duro. Colocamos em prática o que treinamos e conquistamos essas duas medalhas”, comemora Augusto Silva, membro do time em 2017.

Dificuldades    

Em países como Estados Unidos, Austrália, Inglaterra, os jogos são muito conhecidos, pois além de serem países mais desenvolvidos e com melhor infraestrutura para realização das edições, há o patrocínio de empresas de mineração que abraçam a causa. O evento, então, é transformado em um local de aprendizagem e de valorização do profissional de Engenharia de Minas, pois os alunos têm a vantagem de conversar diretamente com gerentes e grandes empresários do setor mineral. As empresas parceiras do evento recebem, como contrapartida, o reconhecimento do investimento através das conquistas das equipes competidoras.
         Em meio às dificuldades e crise econômica, a equipe teve poucos patrocínios. Sem um patrocinador master, a equipe foi atrás de parcerias menores para cobrir a valor da viagem, contatando empresas de Poços de Caldas e outras cidades do sul de Minas, a fim de conseguir dinheiro para as despesas da participação, como inscrição nos jogos, passagens aéreas, hospedagem e alimentação.
“Esperamos que essas medalhas conquistadas nos ajudem a ganhar visibilidade na mineração brasileira, mostrar que nosso trabalho é sério e importante para a engenharia de minas, e com isso conseguirmos patrocínio para irmos para os jogos no ano que vem”, afirma Hugo Otoni, membro da equipe, mostrando preocupação com a participação da Unifal nos Jogos Internacionais de Mineração de 2018.
         Para Henrique Lima, o capitão da equipe, a força de vontade de todos foi o fator principal que possibilitou a participação da equipe nos jogos.  “Cada um estava se dando ao máximo nos treinos e nos contatos, todos passavam horas ligando e visitando empresas, mostrando nosso trabalho, e mesmo não conseguindo todo o dinheiro, não desistimos de representar a Unifal, ainda estamos pagando as passagens com nosso dinheiro, mas tudo foi recompensado com nossas medalhas, não existe uma sensação melhor de ouvir um “parabéns” ou “obrigado” de professores ou colegas de turma, das equipes adversárias e também dos juízes da competição, reconhecendo nossa força de vontade e persistência”.
Participante por três anos, o capitão ainda fez uma colocação geral sobre a experiência vivida enquanto membro do time:
“Eu participei uma vez na Austrália, em 2015, e os dois últimos anos nos Estados Unidos, uma coisa que percebi independente do país é que o clima dos jogos é muito acolhedor, as pessoas dos cinco países participantes procuram se conhecer, criar amizade, falar sobre a vida nos seus países, o que se mistura com a rivalidade no dia dos jogos, fazendo dessa uma experiência única, todos se parabenizando pelos resultados, assinando bandeiras, tirando fotos e prometendo se encontrar no ano seguinte.”
Natália Selvatti também falou sobre a participação do Brasil e os planos dentro da competição. “Um passo de cada vez, procuramos crescer dentro dos jogos, ganhando respeito de outras equipes e fazendo amigos, esse é o espírito dos jogos.”
“A diferença de culturas, costumes, de sotaques dentro do inglês torna o evento especial, diferente de uma viagem de turismo, é uma viagem de troca de conhecimentos e amizades”, conta Paula Cintra, participante da edição 2017.

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