Adilson José Pereira, o Ligeirinho, começa nesta sexta-feira (21) a busca do seu terceiro título da Brazil 135 Ultramarathon. Campeão em 2008 e 2010, o atleta tem um carinho especial pela competição e dedicou pelo menos seis meses de muito treinamento para a prova, considerada uma das mais difíceis do atletismo mundial. Em 2010, Ligeirinho venceu a BR 135 ao percorrer seus 217 km chegando mais de duas horas na frente do segundo colocado. A BR 135 disputada no Brasil é a primeira etapa do Mundial, competição considerada a mais difícil do mundo e com atletas que brigam diretamente para serem os melhores do planeta. Ligeirinho concluiu a prova ano passado em 27 horas e 59 minutos, batendo seu recorde pessoal em duas horas e 19 minutos. Durante este tempo ele se alimenta andando e parou poucas vezes apenas para trocar o tênis. “Mesmo chegando com folga na frente do segundo colocado não consegui relaxar em momento algum durante a competição.
Você fica estressado, sem raciocinar muito bem para saber se a diferença é grande ou pequena e por isso a tendência é perder o mínimo de tempo possível”, conta Ligeirinho.
Com uma distância de 135 milhas (217 km), a ser percorrida em até 60 horas, a BR 135 Ultra é considerada a prova mais difícil do Brasil.
Toda realizada nas montanhas da serra da Mantiqueira no Estado de Minas Gerais, ela foi criada pelo ultramaratonista Mario Lacerda em 2005 e acontece no trecho de maior dificuldade do Caminho da Fé. A BR 135 Ultra nasceu inspirada em conceito e em espírito pela Ultramaratona Badwater, no Vale da Morte, USA. É extremamente difícil porque é toda realizada nas montanhas e apenas 20 dos 217 km são planos. O atleta, ao longo da prova, "sobe e desce" um monte Everest, com um total de mais de 10 km de subida e aproximadamente 9 km de descida acumuladas.
Equipe - Adilson Ligeirinho integra a Pé Q Voa. O professor José Luiz tem grande experiência na área e sempre preparou atletas para competições. Desde o ano passado, devido ao aumento de amadores nas corridas de rua, ele mudou o foco de seu trabalho. “As pessoas começaram a correr em busca da saúde, da estética, do lazer e por isso montei uma assessoria para cuidar deste grupo”, disse o professor.
Para ele, existe um grupo de pessoas de média idade que estava perdido já que o apoio para o início de atividades em Poços é muito grande, mas faltavam orientação para as pessoas que correm por lazer. “O foco era só o atleta, só as competições. Montei a Pé Q Voa justamente para assessorar essas pessoas que estão numa constante busca pela saúde.
Como sou um profissional de educação física tenho apoio de cardiologistas, nutricionistas e ortopedistas que me dão suporte para trabalhar com esse grupo”, conta.
Ligeirinho culpa a falta de apoio pela preparação da prova ser bastante limitada. “Ainda bem que posso contar com os amigos, como a Pé Q Voa, Alcace, Neo Nutri, Centro Otorrino, Loja da Borracha, Taú Esportes, o professor José Luiz, enfim, vários que colaboram. Mas falta um patrocínio grande, o que me impede de representar o Brasil num campeonato mundial, correr nos Estados Unidos e fazer uma preparação melhor”, conta Ligeirinho.
Durante sua preparação para a BR 135 Ligeirinho participou de algumas corridas e obteve resultados significativos. Entre os dias 29 e 30 de novembro, a parceira Corpore – Fuzileiros Navais realizou a sua Ultramaratona Rio 24 horas – Fuzileiros Navais. A prova foi disputada na recém-construída pista de atletismo da Escola Naval, com vista para o Pão de Açúcar.
A competição contou com 50 ultramaratonistas, sendo um deles o poços-caldense Adilson Ligeirinho, que terminou em quarto lugar na sua categoria e 12º colocado geral. Outra prova disputada pelo atleta de Poços foi a 1a. Ultramarathon 24 horas Campinas Run. A competição contou com a presença de 91 atletas de todo o Brasil e Ligeirinho, que mesmo não estando em sua especialidade, conquistou o segundo lugar em sua categoria e em 16o. no geral.
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